Rio amplia vacinação contra gripe para todas as idades

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro ampliou a campanha de vacinação contra a gripe para todas as pessoas a partir dos 6 meses de idade. A aplicação do imunizante estava disponível apenas para grupos prioritários desde o dia 21 de março.

Horários e locais de vacinação

A pasta disponibilizou em suas redes sociais um link com endereços e horários de funcionamento das clínicas da família e centros municipais de saúde que irão disponibilizar a vacina contra o vírus Influenza.

As 238 unidades de Atenção Primária abrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h. O Super Centro Carioca de Vacinação, localizado no complexo do Hospital Municipal Rocha Maia, em Botafogo, funciona em horário especial, de domingo a domingo, das 8h às 22h, assim como o Super Centro Carioca Carioca de Vacinação, unidade Campo Grande, que está localizado no Park Shopping Campo Grande e funciona no mesmo horário que o do centro comercial.

Esquema vacinal e aumento de casos

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a vacina da gripe é anual. Ou seja, quem se vacinou no ano passado precisa tomar uma nova dose em 2024.

Para quem já foi vacinado antes, o esquema vacinal é de dose única. Já para crianças de seis meses a seis anos que vão tomar a vacina pela primeira vez, serão duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas.

Em 2024, a fórmula usada na campanha protege contra as três cepas do vírus Influenza que mais circularam no Hemisfério Sul no ano passado: H1N1 Victoria, H3N2 Tailândia e B Áustria.

"A imunização contra a gripe é fundamental para prevenir complicações, internações e mortes decorrentes das infecções pelos vírus da influenza nos grupos mais suscetíveis. Estudos estimam que a vacinação reduza de 32% a 45% as hospitalizações por pneumonias; de 39% a 75% da mortalidade global; e cerca de 50% as doenças relacionadas à influenza", informou a Secretaria em nota.

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Em março, ao anunciar o início da vacinação de grupos prioritários, a pasta municipal divulgou: "O número de casos de dengue na cidade vem caindo e o número de casos de gripe está aumentando, por isso, é importante se imunizar o quanto antes".

"A gripe já provocou 13 óbitos na cidade. São mais de 190 pessoas internadas com gripe nesse momento. Então a gente já começa a mudar o nosso calendário vacinal e também o calendário epidemiológico para curar dessa doença tão importante, a que mais interna e que mais leva a óbito na cidade do Rio". Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde do Rio, em entrevista ao RJ TV neste sábado (6).

Ainda segundo a pasta municipal, em 2024, o Rio chegou a registrar 2.600 casos de dengue por dia, e já teve 500 casos graves que precisaram de internação. Nas últimas semanas de março, porém, uma queda significativa foi registrada, com cerca de 500 casos da doença por dia.

"Apesar dos números iniciais, essa foi a epidemia com menor taxa de letalidade do Rio, sete óbitos", registrou a Secretaria em nota publicada no fim de março.

Avanço da dengue pelo país

O número de casos prováveis de dengue atingiu 95% do conjunto de 5.568 municípios brasileiros em 2024, ante os 88% registrados no ano passado. Há 10 anos, o índice era de 73%. Em 2004, 36% das cidades do país sabiam o que era dengue. Os números são do Ministério da Saúde.

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Mais de 2,6 milhões de casos prováveis de dengue foram identificados no país até o início de abril, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.

As causas são climáticas. As ondas de calor atingiram o país em 2023 e, nos estados do Sul, aliaram-se a uma sequência histórica de chuvas e enchentes acumuladas desde setembro passado, com saldo de mortes e desabrigados. São as condições ideais para o mosquito da dengue se proliferar.

Até o momento, o Ministério da Saúde diz que destinará R$ 1,5 bilhão para localidades sob decreto de emergência em saúde pública devido à dengue. O valor foi de R$ 256 milhões em 2023, segundo a pasta.

*Com reportagens publicadas em 06/04 e 21/03.

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