Deputada pede investigação sobre policiais que invadiram casa errada em GO
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) pediu que a Promotoria de Justiça investigue a Polícia Civil de Goiás por ter cumprido um mandado em uma casa errada em Goiás.
O que aconteceu
"Abuso e violência policial estarrecedores", alega deputada. Erika Hilton afirmou também que policiais tentaram cercear o movimento da dona da casa invadida e gritaram com a família.
Erika: caso mostra "despreparo" de agentes. Na representação enviada pela deputada, a que o UOL teve acesso, Hilton escreve que isso se comprova pela "execução equivocada e descuidada de mandado judicial" e pelo "tratamento dado à família presente na residência em que foi abordada".
Após errarem o endereço de um mandado de prisão, a Polícia arrombou uma casa e apontou uma arma para uma mulher inocente em Aparecida de Goiânia. Para uma mãe desesperada querendo proteger sua família de policiais aparentemente descontrolados, armados e que não sabiam onde estavam. [...] Tais condutas demonstram também o despreparo estrutural do sistema de segurança pública do Estado, sob responsabilidade do Secretário de Segurança Pública, que tem sob seu comando agentes que possivelmente contam com a impunidade para descumprir protocolos de conduta da própria corporação e de parâmetros mínimos de civilidade, como o que está sendo observado no caso.
Erika Hilton (PSOL-SP)
Policial apontou arma
Agentes da Polícia Civil arrombaram portão da casa de uma família para cumprir mandado. O caso foi registrado no bairro Jardim Industrial na manhã dessa quinta-feira (11).
Policial apontou arma para mulher que gravava entrada deles. No vídeo, é possível ver uma policial mandando a moradora ficar quieta e impedindo, sob a mira de uma arma, que ela saísse de casa.
Ao mostrarem mandado judicial, os policiais anunciaram o nome de uma mulher que, segundo os moradores, não vive no local. "Vocês bateram na casa errada", diz a moradora.
Polícia afirma que prendeu mulher que era alvo do mandado e disse que cumprimento foi "dentro da legalidade". Em nota, a Polícia Civil de Goiás informou que a ação ocorreu "conforme deferimento de ordem judicial".
"Eventuais supostos abusos são investigados". O caso é acompanhado pela Superintendência de Correições e Disciplina da PCGO.
Pontos que não foram esclarecidos pela polícia. A Polícia Civil não informou se o mandado de prisão em questão foi cumprido em outra casa ou na mesma invadida por eles. O órgão também não informou se algum agente foi afastado durante as investigações. O UOL fez os questionamentos ao órgão e aguarda retorno sobre o assunto.
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