Governo promete ajudar a reconstruir RS, mas não sabe quanto vai custar
O governo Lula se comprometeu a ajudar o Rio Grande do Sul no resgate das vítimas da enchente e na reconstrução da infraestrutura. Mas o custo de todo este apoio ainda é desconhecido, afirmou o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.
O que aconteceu
Perdas não contabilizadas. O ministro justificou que boa parte do Rio Grande do Sul está submerso e a extensão dos estragos só será conhecida quando a água baixar.
Cálculos futuros. O nível de estrago de estradas, pontes, bueiros e outras infraestruturas determinará o quanto será gasto. Até este levantamento ser concluído, não é possível fazer uma estimativa dos recursos necessários, disse Pimenta.
Defesa Civil fará levantamentos. Ele declarou que o governo estadual e cada prefeitura enviarão uma relação dos prejuízos e custos de reconstrução. Estes documentos precisam de homologação da Defesa Civil e, com base neles, serão calculados os repasses federais.
Não é o governo federal que estabelece um valor. O valor vem dos planos que são apresentados.
ministro Paulo Pimenta
Ontem, em visita ao Rio Grande do Sul, o presidente Lula (PT) já havia prometido apoio total ao estado, mas também não falou em cifras. Um gabinete de crise foi estabelecido no Palácio do Planalto com sete ministros, e o governo federal anunciou que instalará um escritório de monitoramento em Porto Alegre a partir de segunda-feira (6).
Resgate é prioridade
Momento é de ajudar as vítimas. Paulo Pimenta afirmou que a reconstrução é tarefa para um segundo momento, quando as pessoas estiverem a salvo e podendo voltar para suas casas.
Dinheiro rápido. As primeiras ações serão bancadas com um crédito emergencial, disse ele. Uma medida provisória será editada para permitir estas despesas.
Três focos. Pimenta citou os três pontos de atuação do governo federal enquanto as chuvas seguem castigando o Rio Grande do Sul.
A primeira ação é de resgate. Existem centenas de pessoas ilhadas em vários pontos do estado. Há ainda dezenas de desaparecidos.
A segunda é recuperar as estruturas. Pimenta disse que é preciso um trabalho enorme de limpeza, recuperação das estruturas de energia e internet e garantir abastecimento de combustível e remédios.
Por fim, o momento exige trabalho humanitário. Neste item entra fornecer abrigo, água potável, alimentação, colchões e cobertas para as pessoas afetadas.
É absolutamente impossível que alguém possa dizer neste momento qual é que é a quantia de recurso necessário para que nós possamos apoiar o estado do Rio Grande do Sul.
Ministro Paulo Pimenta
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Quero receberCalamidade pública no RS
O Rio Grande do Sul é atingido por chuvas intensas desde 24 de abril. Há pelo menos 39 mortos e dezenas de pessoas estão desaparecidas, informou a Defesa Civil. Ao todo, 265 dos 497 municípios gaúchos sofrem as consequências das fortes chuvas.
O governador Eduardo Leite (PSDB) decretou estado de calamidade pública na noite de quarta (1º). As chuvas e enchentes foram classificadas como desastres de nível 3, "caracterizados por danos e prejuízos elevados".
Em Porto Alegre, um portão do rio Guaíba rompeu na manhã desta sexta (3). A água invadiu a rodoviária de Porto Alegre e os CTs do Internacional e do Grêmio, além de ruas do centro histórico. Porto Alegre tinha 26 pontos totalmente bloqueados pelas enchentes até por volta das 18h30 desta sexta.
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