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Carlos Nobre: Eventos climáticos extremos não vão mais parar de acontecer

Eventos climáticos extremos como os do Rio Grande do Sul não vão mais parar de acontecer, alerta o climatologista e colunista do UOL Carlos Nobre, durante o UOL News desta segunda-feira (6). Chuva no Sul eleva rios como o Guaíba e já causou 83 mortes e deixou 111 desaparecidos desde a última semana.

A frequência dos eventos extremos está aumentando no mundo inteiro. Por exemplo, uma seca como a Amazônia, Cerrado e Pantanal registraram agora ano passado e esse ano é histórica, nunca houve no registro histórico de nenhuma seca [assim antes]. Assim como essas inundações no Rio Grande do Sul. Carlos Nobre, colunista do UOL e climatologista

Vamos pegar o exemplo do Rio Grande do Sul, esse evento extremo: centenas de milhares de pessoas morando nas áreas ciliares, nas várzeas dos rios. Ali, nós temos que partir do princípio que esse tipo de evento extremo agora não para mais. Ele pode acontecer a cada dois, três anos. Veja bem, como aconteceu em setembro e, em menos de um ano, aconteceu o segundo no Rio Grande do Sul. [...] Temos que nos preparar antes do evento. Carlos Nobre, colunista do UOL e climatologista

O climatologista também explicou como funciona o aquecimento global e o como isso se relaciona aos fenômenos extremos que vão desde altas temperaturas até chuvas e secas históricas.

Um fenômeno que podia acontecer a cada 100, 200 anos lá atrás, agora está acontecendo frequentemente, podem acontecer várias vezes por década. Isso se deve ao aquecimento global: uma maneira simples de explicar [isso] é porque quando está mais quente os oceanos evaporam muito mais água, e a água é o veículo dos eventos meteorológicos todos, inclusive os extremos. Carlos Nobre, colunista do UOL e climatologista

Tudo tem a ver com o aquecimento global. Muitos são fenômenos [extremos] que aconteciam na natureza muito raramente, agora eles acontecem em menor frequência. Nós sabemos [e], infelizmente, nem mesmo a ciência conseguiu prever que em 2023 a temperatura seria 0,2ºC mais quente do que o último El Niño de 2015-2016, o mais forte El Niño do registro histórico. Carlos Nobre, colunista do UOL e climatologista

Esse ano, a temperatura já passou de 1,56ºC [acima da média de 1850 a 1900], quer dizer, 2024 continua muito quente e é provável que seja tão quente quanto 2023. Tudo isso é o aquecimento global que nós humanos estamos causando no planeta. Carlos Nobre, colunista do UOL e climatologista

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

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