Ida de Lessa para prisão dominada pelo PCC ameaça vida dele, diz sindicato
A transferência de Ronnie Lessa ao Complexo Penitenciário de Tremembé traz risco à vida dele e perigo de "instabilidade" ao sistema penal, segundo o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo).
O que aconteceu
Presença do miliciano em presídio com membros de facções preocupa policiais penais. Segundo decisão judicial, ele deve ir para a Penitenciária Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, chamada de "P1", dominada pelo PCC. A transferência foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes após solicitação da defesa de Lessa.
A segunda unidade prisional de Tremembé, que não é dominada pelo PCC, é "inadequada" para Lessa. Segundo o sindicato, a penitenciária Dr. José Augusto Salgado, conhecida como "presídio dos famosos", não recebe nenhum preso ligado ao crime organizado.
Transferência ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) é opção apontada como viável pelo sindicato. O presidente do Sifuspesp, Fábio Jabá, afirmou que a Penitenciária Presidente Bernardes seria o local mais adequado para abrigar o miliciano.
Secretaria de Administração Penitenciária afirmou que ida ao RDD só seria possível com determinação judicial. "A decisão do Supremo Tribunal Federal estabelece que a inclusão do preso seja em unidade de Tremembé", afirmou o órgão em nota.
Não há previsão para realização da transferência de Lessa. Em nota, a SAP informou que acatará a decisão judicial. O UOL procurou novamente a secretaria, e aguarda retorno.
O ministro solicita que ele seja monitorado. O único lugar em São Paulo que vai poder proteger a vida do preso e também monitorá-lo nas visitas é o RDD, o regime disciplinar diferenciado lá de presidente Bernardes, que é a prisão inspirada no modelo nas prisões federais.
Fábio Jabá, presidente do Sifuspesp, ao UOL
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