Bruno e Dom: Outros cinco suspeitos viram réus por ocultação de cadáver
A Justiça Federal recebeu denúncia do MPF (Ministério Público Federal) e tornou réus outros cincos suspeitos de participação nos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips, em 2022.
O que aconteceu
Eles vão responder pela ocultação dos corpos do indigenista e do jornalista inglês, segundo denúncia apresentada em 10 de abril e recebida no último dia 10. São eles: Francisco Conceição de Freitas, Eliclei Costa de Oliveira, Amarílio de Freitas Oliveira, Otávio da Costa de Oliveira e Edivaldo da Costa de Oliveira.
Eliclei, Amarílio, Otávio e Edivaldo também vão responder por corrupção de menor. Eles teriam convencido um adolescente a participar do crime.
Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", e Jefferson da Silva Lima, "Pelado da Dinha", não são citados nessa nova denúncia. Os dois já respondem pelo crime de ocultação de cadáver na ação penal protocolada em 21 de julho de 2022.
Pelado, Pelado da Dinha e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos Santos", serão levados a júri popular por homicídio torpe e mediante emboscada, no caso de Bruno. Já em relação à morte de Dom Phillips, os três serão julgados por homicídio mediante emboscada e para assegurar a impunidade do crime anterior.
O MPF diz que busca identificar os possíveis mandantes dos assassinatos em outra investigação. Segundo o órgão, essa apuração está sob sigilo e em fase de diligências finais.
O UOL tenta localizar a defesa dos suspeitos. Se houver resposta, o texto será atualizado.
Entenda o caso
Bruno e Dom desapareceram no dia 5 de junho de 2022, durante uma viagem na Amazônia. Os restos mortais só foram encontrados dez dias depois. A perícia concluiu que eles foram mortos a tiros, esquartejados, queimados e enterrados.
Em janeiro, a PF prendeu um homem apontado como "principal comparsa" do mandante dos assassinatos. Ele seria aliado e informante de Rubén Dario da Silva Villar, o "Colômbia", que seria o responsável por mandar matar Bruno e Dom. Colômbia já cumpria pena por falsificação de documentos de identidade e chefiar organização criminosa transacional.
Em dezembro do ano passado, a PF já havia prendido um homem apontado como segurança de Colômbia. O homem foi preso por porte ilegal de arma de fogo quando os policiais vasculhavam sua casa no bojo das investigações sobre os homicídios.
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