Homem é condenado a 30 anos de prisão por morte de fisioterapeuta em SP

Um homem foi condenado a 30 anos de prisão por matar uma fisioterapeuta durante um assalto em São Bernardo do Campo (SP) em janeiro de 2023. Ainda cabe recurso da decisão.

O que aconteceu

Manoel Nascimento Moreira foi condenado a 30 anos de reclusão em regime fechado. A 3ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo condenou homem pelo latrocínio de Olívia Tsutsumi Ambrogi.

Criminoso atirou contra a mulher e roubou carro da vítima. Após a abordagem, a vítima reagiu ao assalto. Durante uma luta corporal, ele atirou contra o tórax dela. Em seguida, fugiu levando o veículo e outros pertences da fisioterapeuta, que morreu no local.

Juiz destacou que Olívia deixou uma filha. "A vítima possuía uma filha menor, com 11 anos, a qual ficou órfã em razão do bárbaro crime cometido pelo réu", disse Edegar de Sousa Castro. O magistrado afirmou que Manoel gerou mais resultados danosos à família da mulher, e por isso também deveria receber um maior tempo de condenação. A pena também foi aumentada devido à reincidência do réu.

O UOL tenta contato com as defesas dos envolvidos. O espaço segue aberto para manifestação.

Relembre o caso

A mulher foi seguida pelo criminoso antes do assalto. Olívia Tsutsumi Ambrogi estava na rua Góis Monteiro, na Vila Jordanópolis, e não percebeu que estava sendo seguida até ser abordada. A mulher reagiu ao assalto, entrou em luta corporal com o criminoso, e acabou baleada. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas constatou a morte ainda no local. O homem fugiu no carro da vítima.

Vítima não quis entregar itens caros ao ladrão. "Ela foi fazer um bico com um paciente. Resistiu bastante na hora da abordagem, não quis entregar o carro nem a mochila, que tinha equipamentos caros", disse o delegado Américo Neto em entrevista à Record TV na época do crime.

A fisioterapeuta foi morta em seu primeiro dia de férias. Ela estava na região para atender um cliente de forma independente no momento do crime. A família da profissional de saúde anunciou o falecimento nas redes sociais horas após o crime.

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Além do investigado, outros dois homens ligados ao crime foram encontrados na semana do crime. Eles tiveram as prisões preventivas e temporárias decretadas, segundo a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo. Eles teriam negociado os carros roubados no dia do assassinato.

Homem receberia R$ 500 pelo carro

O veículo, um Creta, foi localizado e o receptador foi preso no dia do crime. O automóvel de Olívia foi encontrado na casa da mãe do suspeito, que tentou dificultar a ação dos policiais. Por isso, ela vai responder por "favorecimento pessoal".

Manoel fazia parte de uma quadrilha de desmanche de veículos que atua no ABC Paulista. Criminoso teria roubado outro carro horas antes de abordar Olívia. Segundo o delegado, o homem já ficou preso por sete anos e estava em liberdade havia 50 dias.

Suspeito confirmou que receberia R$ 500 por entregar o carro ao desmanche. "Um dos presos se valeu do direito de permanecer calado durante o interrogatório. Já o outro indivíduo entendeu que poderia colaborar, primeiro confessando que faz essa ação de pegar o veículo roubado e levar. Ele nos informou que ganha R$ 500 por veículo que encaminha, mas, no momento em que foi questionado sobre quem seria o receptador, ele ficou em silêncio", explicou a delegada Kelly Cristina Sacchetto em pronunciamento.

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