Conteúdo publicado há 24 dias

'Brigadeirão': Júlia culpou vítima por agressão, mas homem já estava morto

A namorada do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, morto em maio no Rio de Janeiro, disse que foi agredida por ele no braço no dia 20 daquele mês. Porém, foi nessa data que a polícia encontrou o corpo da vítima, já em estado avançado de decomposição.

O que aconteceu

Júlia Cathermol fez o relato durante exame de corpo de delito, segundo relatório da Polícia Civil, obtido pelo UOL. Ela teria afirmado que foi agarrada por Ormond pelo braço e não procurou atendimento hospitalar após a suposta agressão.

O exame apontou equimose no antebraço esquerdo, um tipo de lesão.

A Polícia Civil descarta a hipótese de que a suposta agressão tenha sido cometida pelo empresário. "O cadáver foi encontrado já em avançado estado de decomposição, de modo que a real identidade da pessoa responsável pela produção das lesões constatadas no antebraço esquerdo permanece obscura até o momento, impondo-se concluir que elas não teriam sido produzidas por Luiz Marcelo no dia 20/05/2024, conforme foi noticiado por Júlia", diz o documento.

Indiciamento

A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou seis pessoas após a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond.

Júlia Cathermol foi indiciada pelos seguintes crimes: homicídio por motivo torpe com uso de veneno e traição; apropriação de bens de Ormond; venda das armas dele; estelionato; associação criminosa; fraude processual; falsidade ideológica; e uso de documento falso.

Suyany Breschak, que teria arquitetado o crime com Júlia, também foi indiciada. Ela responderá pelos mesmos crimes de Júlia, exceto uso de documento falso.

Leandro Jean Rodrigues Cantanhede, namorado de Suyany, e Victor Ernesto de Souza Chaffin, amigo dele, foram indiciados por: receptação, venda de armas, associação criminosa e fraude processual.

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Já Geovani Tavares Gonçalves e Michael Graça Soares foram indiciados pela compra das armas do empresário morto, já com numeração raspada.

Entenda o caso

Luiz Marcelo foi encontrado morto no dia 20 de maio. Vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento e acionaram a polícia. Segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal), o empresário morreu de três a seis dias antes de o corpo ser encontrado. A causa da morte foi inconclusiva, mas a polícia suspeita de envenenamento.

O empresário havia sido visto pela última vez em 17 de maio. Câmeras de segurança registraram o momento em que Luiz Marcelo e Júlia deixaram a piscina e entraram no elevador. As imagens mostram que ele segura um prato e ela, uma cerveja. Em determinado momento, eles se beijaram.

Conselheira espiritual de Júlia foi detida em Cabo Frio (RJ). Suyany Breschak, que diz ser "cigana", contou à polícia que Júlia matou Luiz Marcelo com um brigadeirão envenenado. Ela, que também teria ajudado Júlia a vender alguns bens da vítima, ainda acusou a suspeita de ser garota de programa e manter um relacionamento com outro homem, além de Luiz Marcelo.

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