SP: Balão arrasta moto até fios de poste, causa incêndio e queda de energia
Uma moto de 168 kg ficou presa na fiação de um poste após ser arrastada por um balão na zona leste de São Paulo. O balão de grande porte, que tem soltura proibida, caiu, causou um incêndio e afetou o fornecimento de energia elétrica em parte da região.
O que aconteceu
Cordas do balão ficaram presas na moto, que foi arrastada e capotou um carro, que acabou batendo em um terceiro veículo. A moto Yamaha MT03 estava na garagem compartilhada de um condomínio no bairro de Vila Taquari e o acidente inusitado ocorreu na madrugada desta segunda-feira.
Moto foi comprada há dois meses e não tem seguro. Ao UOL, Kaue Ribeiro, 20, dono da moto, disse que o veículo é usado para trabalhar. A família, agora, faz uma vaquinha nas redes sociais para arcar com o prejuízo dos veículos.
Moradores do condomínio ouviram barulho forte no momento em que o balão passou. "Eu estava dormindo quando acordei com barulhos de explosões. Minha mãe estava desesperada, desci da casa e quando fui ver o carro estava capotado, o balão tinha passado e minha moto já estava nos fios", contou Kaue.
Técnicos da Enel foram enviados ao local. Em nota enviada ao UOL, a empresa confirmou a ocorrência. às 8h30, as equipes continuavam no local, segundo Kaue.
Balão caiu em rua a cerca de 10 km de distância de onde veículos foram arrastados. O Corpo de Bombeiros foi acionado para ajudar na ocorrência na rua Alto Belo, 980 às 3h40, informou a corporação. O atendimento na área foi feito até as 6h45.
Queda de balão causou "apagão" em parte da zona leste. Nas redes sociais, moradores de bairros como Vila Jacuí, Vila Progresso e Itaquera narraram falta de energia desde a madrugada.
Três linhas de alta tensão foram afetadas, informou Enel. Além disso, outros circuitos de média tensão também foram atingidos, segundo a companhia. O órgão não informou o número de casas atingidas, mas disse que, nesta manhã, 95% dos clientes afetados tiveram o fornecimento restabelecido.
Soltar balão é crime
Prática é considerada crime ambiental e também pode ser enquadrada no artigo 261 do Código Penal. A pena no caso ambiental, por ser crime contra a flora, pode ser de pagamento de multa ou de um a três anos de prisão. No caso do Código Penal, que acarreta na "exposição de perigo a embarcações ou aeronaves", vai de dois a cinco anos.
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