Conteúdo publicado há 3 meses

Queda de avião em Vinhedo: grupo invadiu chácara para registrar imagens

Mais de 30 pessoas invadiram uma chácara em Vinhedo (SP) na tarde desta sexta-feira (9) para registrar imagens após a queda do avião que deixou 61 pessoas mortas.

A GCM (Guarda Civil Municipal) retirou as pessoas do local. Agentes passaram a fazer a segurança em frente ao portão por tempo indeterminado.

Destroços chegaram a ser retirados, como pedaços de ferro e espuma. Dali, era possível ver a aeronave, segundo relato dos moradores.

Proprietário da chácara, o comerciante Edson Martins, 46, permanecia até hoje à noite em frente ao portão. "Tem que ficar na retaguarda, de olho, para ninguém invadir mais", disse em conversa com o UOL.

Parece um bando de louco querendo fazer imagens. Foi muito estranho. Parecia coisa de filme.
Edson Martins

Edson Martins, 46, proprietário de chácara invadida por grupo que queria registrar imagens após queda de avião em Vinhedo
Edson Martins, 46, proprietário de chácara invadida por grupo que queria registrar imagens após queda de avião em Vinhedo Imagem: Raquel Arriola/UOL

Chamada de vídeo para relatar acidente

Ele estava em deslocamento de carro quando recebeu uma chamada de vídeo dos sogros, que também moram no local. "Eles só ouviram o barulho e fizeram a chamada, mostrando os destroços, a fumaça e dizendo que a queda do avião causou um estrondo. Que parecia terremoto", contou.

Em seguida, decidiu retornar para o imóvel. "Quando eu cheguei aqui, meus sogros estavam assustados, tinha aquela invasão de gente e um cheiro muito forte, tóxico e que ardia os olhos", relatou.

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Todos a bordo morreram

Entre os 61 ocupantes do avião, estavam 57 passageiros e quatro tripulantes, informou a Voepass, responsável pelo voo. A aeronave tinha capacidade para 68 pessoas.

Todos os ocupantes da aeronave morreram. A informação foi confirmada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e pela prefeitura de Valinhos, que auxiliou na operação de assistência ao acidente aéreo.

Corpos das vítimas serão levados para o IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo após perícia no local da queda. Em entrevista à imprensa, o secretário de segurança pública de São Paulo, Guilherme Derrite disse o deslocamento será realizado com apoio e escolta da Polícia Rodoviária Estadual. O deslocamento para a capital ocorrerá porque, segundo o secretário, há "setores que vão atender melhor o caso do que o IML de Campinas", com serviços de antropologia e odontologia legal, entre outros.

Avião saiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP). A decolagem da aeronave ocorreu às 11h50 e a previsão de aterrissagem era às 13h45.

Avião atingiu terreno em condomínio

Aeronave caiu no terreno de uma residência, localizada em um condomínio. Luiz Augusto de Oliveira, dono do terreno, disse ao UOL que ele estava em casa com a esposa e uma funcionária no momento da queda. Eles visualizaram fogo na aeronave e os corpos das vítimas no local.

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Aeronave do modelo ATR 72 pertencia à Voepass Linhas Aéreas. Em nota, a companhia disse ter acionado todos os meios para apoiar os envolvidos e que "não há confirmação de como ocorreu o acidente". O avião decolou "sem nenhuma restrição operacional, com todos os seus sistemas aptos para a realização do voo", acrescentou.

Sete equipes do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao local. A ocorrência foi recebida às 13h25, segundo a corporação.

Vídeo mostra momento da queda. Nas imagens, gravadas por moradores da região do Distrito Industrial, é possível ver a aeronave despencando. A queda ocorreu na rua João Edueta, segundo o Corpo de Bombeiros.

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