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Brasil registra 46% das queimadas na América do Sul em 2024

O Brasil é responsável por quase metade dos focos de queimadas registrados na América do Sul, entre janeiro e agosto, segundo dados compilados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O que aconteceu

País contabilizou 115.944 focos apenas em 2024. Isso corresponde a 46,3% de todos os incêndios na América do Sul, que somou 250.374. O segundo país com o maior número de incêndios foi a Venezuela, 38.784 focos. A Bolívia foi o terceiro (37.848) e a Argentina, com 17.207 focos, o quarto. Os dados referem-se aos focos ativos detectados pelo satélite de janeiro até esta quarta-feira (28).

Comparação de focos de incêndio por país

  • Brasil - 115.944
  • Venezuela - 38.784
  • Bolívia - 37.848
  • Argentina 17.565
  • Paraguai - 14.733
  • Colômbia - 13.675
  • Peru - 5.627
  • Guiana - 2.343
  • Chile - 2.284
  • Equador - 691
  • Suriname - 676
  • Uruguai - 187
  • Guiana Francesa - 17

Brasil havia registrado ligeira queda na série anual após dois anos de alta. Em 2023, o país somou 189.926 focos de incêndio. Em 2022 foram 200.763. No anterior, 184.081 incêndios.

Devido à explosão de queimadas, a Polícia Federal informou ter aberto mais de 30 inquéritos para apurar as circunstâncias de incêndios ocorridos nos últimos meses em várias regiões. Boa parte dessas investigações estaria concentrada na Amazônia e no Pantanal.

Já temos a abertura de 31 inquéritos entre Amazônia e Pantanal e dois, agora, no estado de São Paulo.
Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva

Estado de São Paulo 'pegou fogo'

O estado sofreu uma série de incêndios em plantações, canaviais e residências na última semana. A onda de fogo assustou moradores em dezenas de cidades, fechou rodovias e obrigou o governo do estado a abrir um gabinete de crise para lidar com a emergência.

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Em SP, 46 municípios estão em alerta máximo para incêndios, segundo o governo estadual. Destas cidades, diz a autoridade, 21 têm focos ativos de incêndio. No sábado (24), eram 36 cidades sob alerta e 17 com focos ativos.

Já havia uma pressão por resposta mais ágil do governo federal. Lula estava no estado de São Paulo para participar de eventos eleitorais, mas ainda não sobrevoou os locais. Em julho, ele foi ao Mato Grosso do Sul acompanhar o fogo no pantanal.

O governo anunciou o envio de quatro aviões das Forças Armadas para ajudar no combate aos incêndios. Segundo ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, as aeronaves deverão focar em combate ao fogo e monitoramento das áreas atingidas para possíveis novos focos.

Um homem foi preso na região de Batatais (SP) após atear fogo em uma área de mata preservada. Galão de gasolina e isqueiro usados na ação foram apreendidos pela polícia. Ao ser preso, o rapaz afirmou ter agido a mando da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele foi indiciado pelo crime de incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física e ao patrimônio.

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