Conteúdo publicado há 27 dias

Professora diz ter sido agredida com socos e chutes por mãe de aluno em SP

Uma professora de 39 anos da rede municipal do Guarujá, na Baixada Santista, denunciou à polícia que foi agredida com socos e chutes pela mãe de um aluno da escola em que leciona na terça-feira (10).

O que aconteceu

Em um relato compartilhado por colegas nas redes sociais, ela diz que viveu "o dia mais terrível" da vida dela em 10 anos de trabalho. "Depois de um dia de trabalho árduo, ao sair da escola fui brutalmente agredida por uma mãe de aluno, que covardemente me atacou com socos, chutes, puxões de cabelo", escreveu.

Ela afirma que voltou para o colégio após a agressão com o "rosto ensanguentado". "Até quando sofreremos tamanho desrespeito e violência?! Até quando continuaremos à mercê, lutando para exercer nossa profissão com dignidade e segurança?! Até quando?", questionou.

A professora foi levada ao Hospital Guarujá, segundo a Secretaria Municipal de Educação. Ela foi afastada do trabalho por recomendação médica. A secretaria também disse que "fornece todo o apoio necessário à servidora, além da comunidade escolar, por meio da disponibilização de acompanhamento psicológico e demais profissionais da equipe multidisciplinar da pasta".

A Polícia Civil informou que o caso foi registrado como lesão corporal, injúria e ameaça. Como o nome da suspeita de agressão não foi divulgado, a reportagem não conseguiu localizar a defesa em busca de um posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

O Sindicato dos Funcionários Públicos da prefeitura cobrou que o município estabeleça medidas de segurança para proteger os funcionários. "Medidas de segurança mais eficazes nas escolas e em todos os prédios públicos, visando à proteção de todos os servidores".

Colegas da professora foram às redes sociais manifestar apoio após a agressão. "Os professores do Guarujá estão inconformados com a total falta de respeito por nós, que estamos à frente fazendo de tudo por nossos alunos", escreveu uma educadora.

Os professores também organizaram um abaixo-assinado online para manifestar apoio à colega. "É inaceitável que os professores sejam desrespeitados, coagidos e agredidos por exercerem a sua função", diz o texto. O documento digital já foi assinado por 1.672 pessoas.

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