Entenda a Operação Integration, que mira Deolane e Gusttavo Lima
Nesta segunda-feira (23) a Justiça determinou a prisão do cantor Gusttavo Lima. Além do artista, a operação que investiga lavagem de dinheiro já havia levado a influenciadora Deolane Bezerra à prisão.
O que aconteceu
A Operação Integration apura um suposto esquema milionário de lavagem de dinheiro de cassinos online e casas de jogo do bicho. A operação ganhou popularidade após a influenciadora Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, serem presas por suspeita de envolvimento.
De acordo com a Polícia Civil, os investigados ocultaram bens de origem ilícita. Carros, aeronaves, imóveis e contratos milionários de publicidade foram firmados para lavar o dinheiro oriundo de casas de aposta e de jogo do bicho.
A investigação apurou que o esquema apurado girava em torno de Darwin Henrique da Silva Filho. O empresário, de 33 anos, é CEO da Esportes da Sorte. Ele está preso.
Empresas envolvidas no inquérito tiveram bens bloqueados na casa dos R$ 2 bilhões. Aeronaves e veículos de luxo foram apreendidos durante a operação. Pessoas físicas também tiveram contas bloqueadas.
A família de Darwin também está envolvida no esquema, com cada membro desempenhando um papel específico na lavagem de dinheiro, segundo a polícia. O pai do CEO, Darwin Henrique da Silva, também é investigado e é considerado foragido da polícia. A esposa do dono da Esportes da Sorte, Maria Eduarda Quinto Filizola, também é investigada, mas foi beneficiada por habeas corpus e responde em liberdade. A irmã do preso, Marcela Tavares Henrique da Silva Campos, também teve bens bloqueados e compõe a sociedade das empresas da família.
Deolane e sua mãe foram presas no último dia 4. O estopim da operação aconteceu quando a advogada e influenciadora recebeu voz de prisão por suspeita de integrar o grupo que opera as 'bets' no Brasil e que haveria utilizado contas bancárias suas e de terceiros para lavar o dinheiro das atividades ilegais.
Sua mãe, Solange, é suspeita de repassar valores em dinheiro incompatíveis com sua renda, e também teve bens bloqueados.
Todos os envolvidos citados negam participação no esquema.
Ao todo, durante a operação, foram 20 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão domiciliar Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP) Cascavel e Curitiba (PR) e Goiânia (GO).
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