Conteúdo publicado há 1 mês

Ônibus são queimados em protestos após morte de motociclista pela PM no RN

Pelo menos dois ônibus foram incendiados na noite desse domingo (3) em Natal. Atos de depredação ocorreram em protesto após morte de motociclista em perseguição da Polícia Militar.

O que aconteceu

Veículos foram queimados no bairro Felipe Camarão. Em vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver passageiros correndo e motociclistas cercando os ônibus.

Um caminhão do Corpo de Bombeiros enviado para apagar o incêndio também foi recebido com truculência. Em nota, a corporação afirmou que "precisou recuar temporariamente" para garantir a segurança do efetivo após ser recebida com pedradas e capacetadas.

A polícia afirma que o motociclista morto furou bloqueio policial, atirou e bateu em um carro na fuga, morrendo no hospital. A informação é questionada pelos manifestantes, que alegam excesso e violência policial.

Policiais envolvidos na perseguição foram afastados. Segundo a PMRN, afastamento vale até conclusão de inquérito que investiga o ocorrido. "A arma de fogo foi encaminhada à Delegacia e os policiais militares foram ouvidos", disse a polícia em nota.

Não há registro de feridos. O UOL buscou a STTU (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Natal) para saber se alguma linha de ônibus teve trajeto alterado pelas ocorrências e não recebeu retorno.

Natal convive com série de ataques e brigas de facções

Em março de 2023, mais de 300 ataques e ações violentas aconteceram na capital em outras 18 cidades. Entre os atos criminosos estavam a queima de veículos, de uma garagem de ônibus e ataques a prédios públicos.

Aulas foram canceladas, assim como a coleta de lixo. Comércios também foram fechados e as ruas ficaram vazias. Na ocasião, pelo menos 150 pessoas foram presas, assim como 15 foragidas da Justiça.

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Ações foram ordenadas por Sindicato do Crime, facção dissidente do PCC. O grupo criminoso foi fundado em 2012 por presos que questionavam obrigação de seguir os "salves" e enviar recursos do crime na região para São Paulo.

Em 2017, grupo protagonizou massacre dentro do presídio de Alcaçuz. A briga resultou no assassinato de 26 membros da facção nordestina por integrantes do PCC. Entre 2016 e 2018, outros dois grandes episódios de violência envolvendo as duas facções ocorreram no estado.

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