Eleitor com deficiência visual ouvirá nome do candidato na urna eletrônica
Eleitores com deficiência visual poderão ouvir o nome do candidato após digitar seu número na urna eletrônica nas eleições 2020. Os aparelhos terão uma tecnologia de sintetização de voz, que transforma texto em som.
Nas eleições de 2018, a urna eletrônica já informava o número digitado, o cargo em votação e as instruções sobre as teclas "Confirma", "Corrige" e "Branco" por meio de mensagens pré-gravadas. Agora, a máquina simulará a leitura dos nomes dos candidatos digitados.
O anúncio foi feito pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última sexta (4). Para utilizar o serviço, o eleitor deve informar ao mesário sobre sua deficiência visual, para que ele habilite o recurso e entregue fones de ouvido.
Segundo o TSE, a sintetização de voz também é capaz de fazer flexibilização de gênero ao emitir a fala de confirmação do concorrente escolhido.
O processo de adaptação da tecnologia nas urnas levou cerca de quatro meses, entre o fim de 2019 e o início deste ano. Os últimos testes foram realizados nesta semana.
Para implementar a tecnologia, o tribunal teve de descartar as urnas de 2006 e 2008, mais antigas ainda em atividade. Mas, segundo o TSE, não houve custos adicionais.
"Utilizamos uma solução toda baseada em software livre. Então, não houve nenhum custo para o tribunal, que não precisou gastar absolutamente nada para implementar essa tecnologia. A novidade traz uma confiança muito maior para o eleitor, naturalmente, sobre o voto que ele está depositando na urna", afirmou Rodrigo Coimbra, chefe da Seção de Voto Informatizado da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE, por meio de nota.
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