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Deputado JHC (PSB) bate Alfredo Gaspar (MDB) e vence eleição em Maceió

João Henrique Caldas (JHC) será o novo prefeito de Maceió - Reprodução/Facebook
João Henrique Caldas (JHC) será o novo prefeito de Maceió Imagem: Reprodução/Facebook

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

29/11/2020 19h26Atualizada em 29/11/2020 20h58

O deputado federal João Henrique Caldas, o JHC (PSB), venceu o segundo turno da eleição em Maceió neste domingo (29) e vai comandar a capital alagoana a partir de 1º de janeiro de 2021.

Ele derrotou o ex-procurador-geral de Justiça de Alagoas Alfredo Gaspar, que foi ex-secretário estadual de Segurança Pública e contou com apoio da família Calheiros (do MDB) e do atual prefeito Rui Palmeira (sem partido). O vice de JHC é o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).

JHC obteve 58,64% dos votos (222.147) e Alfredo Gaspar (MDB), 41,36% (156.704). Votos nulos somaram 8,44% e os brancos, 2,97%.

O deputado, 33, já havia se candidatado em 2016, mas acabou ficando na terceira colocação. A campanha do futuro prefeito foi focada em apresentar o candidato como um político novo e independente. Ele também fez reiterados ataques à ligação de Alfredo com a família Calheiros e com o prefeito Palmeira.

Já a campanha de Gaspar foi quase inteiramente baseada na experiência no cargo de secretário que ele ocupou entre 2015 e 2016 no governo de Renan Filho. À época, Alfredo se notabilizou pela participação em operações policiais e com o perfil de ser linha dura com os criminosos.

"Isentões"

Apesar de integrarem grupos e partidos que são oposição ao governo federal, os dois candidatos optaram por vetar na campanha críticas —ou elogios— ao presidente Jair Bolsonaro. JHC e Alfredo, entretanto, têm históricos flertes com a família Bolsonaro, com postagens recentes de elogios em redes sociais.

O principal desafio do próximo gestor da capital alagoana será enfrentar o problema causado pela mineração urbana da Braskem que fez com que quatro bairros afundassem e precisassem ser desocupados, desalojando cerca de 25 mil pessoas.

Com vias importantes interditadas por conta do problema, Maceió enfrenta hoje sérios problemas de mobilidade urbana e terá de pensar em alternativas como a construção de vias alternativas.

Além disso, a capital alagoana tem uma das menores coberturas do programa Saúde da Família, não alcançando 30% da população.