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ANÁLISE

Semana de pesquisas eleitorais definirá estratégia das campanhas na largada

Bolsonaro e Lula polarizam as eleições, cada qual com sua estratégia de angariar novos eleitores - EPA
Bolsonaro e Lula polarizam as eleições, cada qual com sua estratégia de angariar novos eleitores Imagem: EPA

Colunista do UOL

15/08/2022 12h00

Esta é parte da versão online da newsletter UOL nas Eleições 2022 enviada hoje (15), que traz destaques semanais e notícias dos bastidores da política. Na newsletter completa, Alberto Bombig ainda fala sobre a proposta de Simone Tebet (MDB) de uma "poupança" para estudantes, e sobre os bastidores da campanha de Fernando Haddad (PT) para o governo de São Paulo. Quer receber antes o pacote completo, com a coluna principal e mais informações, no seu e-mail, na semana que vem? Cadastre-se aqui.

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É grande a expectativa no mundo político para a rodada de pesquisas eleitorais desta semana, que balizarão a largada oficial da campanha eleitoral e definirão as estratégias dos candidatos.

Para esta segunda-feira (15) está prevista a divulgação da pesquisa Ipec (antigo Ibope) e, na quinta-feira (18), do levantamento do Instituto Datafolha. Uma edição do UOL News Especial, a partir das 20h30 de hoje, analisará esses primeiros resultados.
Conforme mostra o Agregador de Pesquisas do UOL, Lula (PT) ainda mantém uma boa dianteira sobre Jair Bolsonaro (PL).

Divulgada também nesta segunda-feira (15), a mais recente pesquisa BTG/FSB indica que o presidente pode ter sentido algum efeito eleitoral das manifestações em favor da democracia realizadas, sobretudo, em São Paulo. No mais significativo dos atos, ocorrido na Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), uma carta foi lida sob gritos de "fora Bolsonaro".

Segundo essa pesquisa, Lula tem 45% das intenções de voto. Jair Bolsonaro (PL) é o segundo colocado, com 34%. O dado relevante é que o petista cresceu 4 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, divulgado na semana passada, enquanto o presidente permaneceu estável. Ciro Gomes (PDT) se mantém como terceiro colocado, com 8%, seguido por Simone Tebet (MDB), com 2%.

Ou seja, o crescimento de Lula pode estar relacionado ao isolamento de Bolsonaro em sua cruzada contra o sistema eleitoral e as instituições. Portanto, as demais pesquisas previstas para esta semana poderão dizer se esse é um movimento consistente ou apenas um efeito de curto prazo.

Nos bastidores do PT esses resultados são considerados cruciais para a definição da estratégia neste início de campanha. Vem diminuindo a parcela dos que ainda acreditam em uma vitória de Lula no primeiro turno. Esse cenário é considerado pouco provável pelos petistas mais experientes, egresso de campanhas presidenciais anteriores do partido. Também aumentou a responsabilidade da equipe de comunicação, que terá bom tempo no horário gratuito de rádio e de televisão.

Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a chapa encabeçada por Lula tem a maior bancada: PT, PSB, Solidariedade, PSOL, Rede, Avante, Agir, PROS, PCdoB e PV, totalizam 141 deputados.

Do lado bolsonarista, o clima é de otimismo: em alguns levantamentos da virada de julho para este agosto, o presidente vinha dando sinais de estar em viés de alta, embalado, principalmente, pelo pacote eleitoral aprovado pelo Congresso ainda em julho.

Segundo a campanha do presidente, os efeitos eleitorais do Auxílio Brasil de R$ 600,00, que começou a ser pago na semana passada, começarão a ser captados pelas pesquisas e deverão neutralizar o desgaste provocado pelas manifestações. Por isso, cresceu no entorno de Bolsonaro a quantidade de auxiliares e de políticos que pedem o fim dos ataques às urnas eletrônicas, por exemplo.

Também há otimismo quanto à recuperação de Bolsonaro entre o eleitorado evangélico, auxiliado pela primeira-dama do país, Michelle.

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