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Toledo: Teto de votos de Lula tem diminuído; o de Bolsonaro está aumentando

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/08/2022 21h02Atualizada em 19/08/2022 09h00

O cenário apontado pelo Datafolha para o segundo turno, com 54% dos votos para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e 37% para Jair Bolsonaro (PL), mostra que o atual presidente ainda não atingiu seu teto de votos, aponta o colunista José Roberto de Toledo durante o programa Análise de Pesquisas, realizado hoje logo após a divulgação dos números da pesquisa.

Por outro lado, ele afirma que os últimos levantamentos têm diminuído o percentual de votos de Lula, o que pode significar que a estratégia para a campanha de Bolsonaro tem sido acertada.

"O teto [de votos] de Lula é muito mais alto do que o de Bolsonaro, mas tem diminuído, está ficando mais baixo. Passou em alguns meses de 58% para 54%", afirma Toledo.

"Já o [teto] de Bolsonaro ficou mais alto. Era 33% e está em 37%. O fato de haver esses movimentos me diz que gradativamente, muito lentamente, a estratégia do Bolsonaro está funcionando", continua o colunista.

"Ainda está muito longe, mas a campanha nem sequer começou", diz.

Bombig: Bolsonaro está no páreo; opositores andam de lado

Para Alberto Bombig, o Datafolha mostrou que Bolsonaro (PL) "está no páreo" e tem conseguido avançar na campanha para a reeleição enquanto opositores, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), seguem estacionados nos levantamentos de intenção de votos.

"O Lula andou de lado, o Ciro andou de lado, a [Simone] Tebet andou de lado e o Bolsonaro cresceu fora da margem e isso é um fato nessa pesquisa", afirma o colunista do UOL no programa Análise de Pesquisas, que foi ao ar na noite de hoje.

Para Bombig, a disputa pelo Palácio do Planalto tem dado sinais de que vai contar com um segundo turno. "Aquela ideia que a gente teve em maio, quando saiu um Datafolha que deu a maior vantagem do Lula, que poderia se criar uma nova 'onda Lula', que seria um arrastão e que o Bolsonaro estava derrotado e tudo mais, essa ideia neste momento não prospera."

Araújo: Campanha de Bolsonaro precisa evitar tropeços e reduzir rejeição

O Datafolha também apontou uma alta rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (PL), com 51% dos entrevistados que afirmam não votar nele, ante 37% para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Reverter esses números negativos é um desafio para sua campanha, mas não o único. O comportamento impulsivo de Bolsonaro é visto como outro empecilho, aponta a colunista Carla Araújo no programa Análise das Pesquisas. Hoje, por exemplo, ele teve um embate com o youtuber Wilker Leão em Brasília.

Para a colunista do UOL, episódios assim dificultam a missão de "suavizar" a imagem do presidente.

"A campanha do Bolsonaro sabe que humanizar e diminuir essa rejeição é uma tarefa muito complicada e que às vezes o presidente, como hoje, acaba escorregando e mostrando seu lado um pouco mais agressivo", afirma a colunista, que tem acompanhado as viagens do presidente e bastidores na corrida eleitoral.

O Análise de Pesquisas vai ao ar sempre após a divulgação de pesquisas Ipec ou Datafolha para Presidência da República.

Quando: toda semana após divulgação de pesquisa Ipec ou Datafolha.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL. Veja a íntegra do programa: