Araújo: Campanha de Bolsonaro precisa evitar tropeços e reduzir rejeição
Pesquisa Datafolha divulgada hoje apontou uma alta rejeição ao presidente Jair Bolsonaro (PL), com 51% dos entrevistados que afirmam não votar nele, ante 37% para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Reverter esses números negativos é um desafio para sua campanha, mas não o único. O comportamento impulsivo de Bolsonaro é visto como outro empecilho, aponta a colunista Carla Araújo no programa Análise das Pesquisas. Hoje, por exemplo, ele teve um embate com o youtuber Wilker Leão em Brasília.
Para a colunista do UOL, episódios assim dificultam a missão de "suavizar" a imagem do presidente.
"A campanha do Bolsonaro sabe que humanizar e diminuir essa rejeição é uma tarefa muito complicada e que às vezes o presidente, como hoje, acaba escorregando e mostrando seu lado um pouco mais agressivo", afirma a colunista, que tem acompanhado as viagens do presidente e bastidores na corrida eleitoral.
Araújo explica que Bolsonaro sabe que precisa diminuir a rejeição, mas que, enquanto a equipe trabalha estrategicamente para isso, o presidente "vai lá e dá uma tropeçada".
Roberto Jefferson (PTB) e Ciro Gomes (PDT) dividem o terceiro lugar do ranking de rejeição, sendo citados por 25% dos eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Toledo: Chance menor para Lula decidir no 1º turno
A diminuição da vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação a Jair Bolsonaro (PL) na pesquisa Datafolha divulgada hoje (18) aponta que o petista pode não conseguir "liquidar" a eleição já no primeiro turno, segundo o colunista do UOL José Roberto de Toledo.
"Apesar de o número de Lula ter se mantido igual, 47% do total de votos, quando você computa apenas os votos dados em candidatos, a proporção dele diminuiu", comenta Toledo. O candidato petista soma 51% dos votos válidos, que excluem brancos e nulos, no limite para vencer a disputa no 1º turno. Ainda com chances, mas bem menores devido ao limite da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
"O Lula vinha de 54% dos votos válidos lá em maio, passou para 53% em junho, 52% em julho e agora em está com 51%, ali no limite que não é nem da margem, no limite do próprio número de não conseguir liquidar a fatura no 1º turno", afirma o colunista do UOL.
Bombig: Bolsonaro está no páreo; opositores andam de lado
Para Alberto Bombig, o Datafolha mostrou que Bolsonaro (PL) "está no páreo" e tem conseguido avançar na campanha para a reeleição enquanto opositores, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), seguem estacionados nos levantamentos de intenção de votos.
"O Lula andou de lado, o Ciro andou de lado, a [Simone] Tebet andou de lado e o Bolsonaro cresceu fora da margem e isso é um fato nessa pesquisa", afirma o colunista do UOL no programa Análise de Pesquisas, que foi ao ar na noite de hoje.
Para Bombig, a disputa pelo Palácio do Planalto tem dado sinais de que vai contar com um segundo turno. "Aquela ideia que a gente teve em maio, quando saiu um Datafolha que deu a maior vantagem do Lula, que poderia se criar uma nova 'onda Lula', que seria um arrastão e que o Bolsonaro estava derrotado e tudo mais, essa ideia neste momento não prospera."
O Análise de Pesquisas vai ao ar sempre após a divulgação de pesquisas Ipec ou Datafolha para Presidência da República.
Quando: toda semana após divulgação de pesquisa Ipec ou Datafolha.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL. Veja a íntegra do programa:
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