Imprensa estrangeira cita troca de farpas entre Lula e Bolsonaro em debate
A imprensa internacional destacou a troca de farpas entre os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o primeiro debate promovido na noite de ontem pelo UOL, Folha de S.Paulo, Grupo Bandeirantes e TV Cultura, em São Paulo. O evento reuniu seis dos 12 candidatos presidenciais.
Em sua página, na internet, a rede de TV britânica BBC afirmou que "Bolsonaro acusou Lula de ter liderado o governo mais corrupto da história do Brasil", e que o ex-presidente, "por sua vez, disse que Bolsonaro destruiu o Brasil".
"Lula criticou o rótulo, ressaltando que sua condenação foi cassada pelo STF. Mas Bolsonaro não desistiu de suas críticas ao governo Lula", ressaltou a reportagem.
O site da rede árabe Al Jazeera disse que milhões de telespectadores viram "Bolsonaro retratar Lula como um ex-político corrupto que busca recuperar o poder, enquanto Lula, que foi presidente de 2003 a 2010, acusou seu oponente de direita de desfazer anos de crescimento econômico e iniciativas de combate à pobreza".
Já o site de notícias argentino Clarín ressaltou a agressão de Bolsonaro contra a jornalista da TV Cultura Vera Magalhães, que perguntou se a aplicação das vacinas de covid-19 "foi afetada por desinformação espalhada por pessoas, inclusive o presidente".
O atual chefe do Executivo respondeu que não podia "esperar outra coisa" da jornalista.
Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão em mim. Não pode tomar partido num debate como esse. Fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro."
Jair Bolsonaro sem responder ao tema perguntado
No Chile, o jornal "La Tercera" destacou a reação do governo local em relação à fala de Bolsonaro, que vinculou o presidente chileno Gabriel Boric aos incêndios que afetaram algumas estações do Metrô de Santiago, no âmbito do surto social de 18 de outubro de 2019". As falas motivaram a convocação para consulta do embaixador do Brasil em Santiago.
"Enquanto governo, parece-nos que estas declarações são muito graves, obviamente são absolutamente falsas", disse a ministra das Relações Exteriores, Antonia Urrejola. "Lamentamos que num contexto eleitoral as relações bilaterais sejam aproveitadas e polarizadas através de desinformação e notícias falsas".
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