Damares: Bolsonaro respeita as mulheres; olhava nos olhos, não por trás
A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos e atual candidata ao senado no Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL), após ele ter atacado a jornalista Vera Magalhães e a senadora e candidata a presidente Simone Tebet (MDB) durante o debate presidencial organizado por UOL, Band, Folha e Cultura, no último domingo (29).
Hoje, ao participar do UOL Entrevista, Damares descreveu como era a sua relação com Bolsonaro, quando ele era deputado federal, e rechaçou que o atual chefe do Executivo seja misógino.
"Houve uma época em que nós, assessoras [do Congresso], éramos extremamente desrespeitadas. Havia inclusive aquela coisa que assessora de parlamentar estendia seu serviço para a casa do deputado, para a cama", começou a aliada do presidente.
"A gente não admitia esse estigma que tinha sobre nós, assessoras do Congresso Nacional, mas tínhamos um deputado extremamente respeitoso com as assessoras, que nos valorizava e cuidava da gente. Em nenhum momento nos corredores, quando precisei abordar o deputado Bolsonaro, ele foi desrespeitoso. Ele era inclusive o parlamentar que parava e olhava nos nossos olhos. Quando a gente se aproximava de outros parlamentares, nos subestimavam e empurravam, quando não nos olhavam por trás."
Damares também afirmou que aceitou ser ministra do governo Bolsonaro justamente por conhecê-lo. "Ele não é misógino, ele é uma pessoa que tem uma visão sobre a pauta da mulher, não deixando nenhuma mulher para trás e cuidando de todas as mulheres do Brasil."
Ainda durante a participação no UOL Entrevista, a ex-ministra afirmou que o presidente universalizou direitos e deu protagonismo para mulheres. Entretanto, não citou quais foram esses direitos e conquistas.
Damares: 'Não houve tensão com Flávia por vaga ao Senado. Bolsonaro me ama'
No Distrito Federal, o partido de Bolsonaro lançou a ex-ministra Flávia Arruda (PL) como candidata ao Senado. Ela disputará a vaga diretamente com Damares.
"O presidente me ama! O presidente me ama muito, e isso já ficou provado. Mas ele também ama a Flávia [Arruda]. Ele não vai se posicionar e vai deixar a direita de Brasília escolher a melhor proposta", disse.
A candidatura de Damares contou com uma intervenção da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O presidente havia feito um acordo com a ex-ministra da Mulher para ela disputar uma vaga na Câmara e deixar o caminho aberto para Flávia Arruda.
"Eu tenho direito como cidadã a ser candidata, e a Michelle tem direito como cidadã de escolher a candidata dela", declarou. "Que bom que a direita no DF tem duas excelentes candidatas. De nós a esquerda não ganha em Brasília".
Damares diz ser defensora de educação sexual
"Eu defendo a educação sexual exatamente para empoderar a criança para se defender", disse Damares, ao ser questionada sobre a questão da educação sexual nas escolas.
"A nossa crítica é em criticar o material que era usado no passado, erraram no material. Ao invés de focar em educar eles faziam uma verdadeira apologia à erotização da criança. O que a gente quer é que esse tema seja tratado com muita seriedade, com material certo e obedecendo a especificidade de cada idade", explicou.
Ela também afirmou que durante o tempo que esteve à frente do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos manteve um contato constante com o Ministério da Educação sobre o tema, mesmo diante das várias trocas de ministros.
O UOL Entrevista vai ao ar às segundas e quintas-feiras, às 10h.
Onde assistir: ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja a íntegra do UOL Entrevista:
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