Topo

Deputado do PT aciona STF contra compras em dinheiro vivo de clã Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro com os filhos, Flavio, Carlos, Eduardo e Renan - Reprodução do no Twitter @BolsonaroSP
O presidente Jair Bolsonaro com os filhos, Flavio, Carlos, Eduardo e Renan Imagem: Reprodução do no Twitter @BolsonaroSP

Do UOL, em São Paulo

01/09/2022 20h30

Utilizando matéria exclusiva do UOL como motivo de suspeita de conduta ilícita por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus filhos Flávio e Eduardo, o deputado federal e líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes, entrou no STF (Supremo Tribunal Federal) com denúncia contra a família Bolsonaro por compra de imóveis em dinheiro vivo. O documento exige investigação e apuração de maneira a confirmar ou negar as acusações.

De acordo com a investigação jornalística, repetidamente citada no processo, o presidente e sua família negociaram 107 imóveis desde 1990 - com metade dessas operações feitas total ou parcialmente com dinheiro vivo, em espécie. Chamando o comportamento de "escandaloso", Lopes insiste que o STF intime a PGR (Procuradoria-Geral da República) a iniciar processo investigatório.

O deputado federal utiliza os artigos 9º e 10 da Lei nº 8.429, de 1992, para explicar a representação - afirmando que as ações, em tese, do presidente e de seus filhos, Eduardo, deputado federal, e Flávio, senador, caracterizam improbidade administrativa.

"As transações imobiliárias atípicas, em cenário característico de ocultação patrimonial ou branqueamento de capitais, caracteriza, ainda, [...], em tese, prática de improbidade administrativa", escreve o líder da minoria.

O levantamento do UOL, segundo o político, também sinaliza ocorrências de peculato, corrupção passiva e "ocultação de bens, direitos e valores", quando unidas a outras investigações envolvendo a família Bolsonaro, especialmente a de "rachadinha". Além disso, Reginaldo Lopes acusa o presidente de cometer delito de "Organização Criminosa".

O UOL entrou em contato com as equipes do presidente Jair Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro em busca de posicionamento. A nota será atualizada em caso de manifestação.