Em evento com Lula, Alckmin chama Bolsonaro de 'Bozo' no ABC paulista
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) arrancou risadas de apoiadores hoje ao chamar o presidente Jair Bolsonaro (PL) de "Bozo". Ele participava de um encontro da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com trabalhadoras domésticas em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Vice na chapa de Lula, Alckmin criticava a gestão do presidente na área da educação. Antes apelidado "picolé de chuchu" por certa falta de carisma, o ex-governador tem ficado cada vez mais desenvolto e brincalhão em suas falas de campanha.
Eleição é comparação. O [ex-ministro Fernando] Haddad colocou a questão educacional. Nós tivemos cinco ministros da Educação nesse período aí do Bozo. Andou para trás, a educação. Geraldo Alckmin, a trabalhadoras domésticas
"Bozo" é a forma popular e ofensiva como opositores tratam o presidente nas redes sociais, e arrancou aplausos das participantes.
Comparação entre governos. Alckmin tem sido uma das vozes mais duras contra a gestão Bolsonaro dentro da campanha petista. Ao estilo mais técnico, o antigo tucano costuma questionar a competência da atual gestão em todas as áreas.
Hoje, seguindo o tom crítico, o candidato a vice adotou a estratégia muito usada por Lula para atacar Bolsonaro: comparar as duas gestões à frente do Planalto.
Comparem a saúde. O que mudou o mundo foi vacina, as mamães sabem da preocupação com o sarampo, da paralisia infantil. Tudo isso virou coisa do passado. Um governo que nega a vacina."
"Ele é contra o voto." Às vésperas do bicentenário da Independência, quando Bolsonaro deverá fazer um grande ato público no Rio de Janeiro, Alckmin tratou ainda das ameaças que Bolsonaro tem feito em não respeitar o resultado das urnas.
Na democracia quem manda é o povo. Como pode escolher quem é contra a democracia? Contra o voto. Ele não é contra a urna eletrônica, é contra o voto popular. [Ele tem] saudade da ditadura e da tortura." Geraldo Alckmin
"Um bom governo começa pela campanha e programa de governo se faz assim: ouvindo, dialogando, conversando, participando, não é fazendo motociata nem jet ski", completou.
Encontro com trabalhadoras. O evento na manhã de hoje faz parte de uma série de eventos do PT voltados às classes trabalhadoras e às mulheres. Amanhã (5), ele deverá se encontrar com assistentes sociais. Lula falou sobre as realizações sociais do seu governo (2003-2010) para a categoria e fez promessas para um novo possível mandato.
Antes do seu discurso, cinco trabalhadoras domésticas falaram sobre suas experiências de trabalho e histórias de vida e entregaram uma carta de compromisso da campanha com propostas para a categoria.
Além dos dois, estavam presentes o ex-ministro Fernando Haddad (PT), candidato ao governo do estado, o ex-governador Márcio França (PSB), candidato ao Senado, e a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido.
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