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Bolsonaro vai a missa em Brasília no dia em que facada completa 4 anos

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

06/09/2022 13h06Atualizada em 06/09/2022 15h05

Em missa para relembrar o episódio da facada em Juiz de Fora (MG) durante a campanha de 2018, que completa hoje quatro anos, Jair Bolsonaro (PL) fez uma oração de joelhos na qual pediu a Deus que 'afaste com a força da cruz os poderes inimigos que ameaçam o povo brasileiro'.

O presidente e candidato à reeleição não fez menções nominais a adversários, mas a missa foi marcada pelo tom eleitoral dos discursos feitos no altar. Bolsonaro voltou a dar ênfase ao que ele enxerga como ameaça do "comunismo".

"Afastai para longe de nós a peste do comunismo", disse ele ao ler a oração durante momentos de fé. A cena ocorreu durante missa realizada na Paróquia São Miguel Arcanjo e Santo Expedito, na Asa Norte, em Brasília.

A celebração foi comandada pelo padre bolsonarista Jean Marcos, da paróquia Nossa Senhora de Fátima, de Santo Antônio de Pádua (RJ). Durante a pregação, o líder religioso também taxou o "comunismo" como um inimigo dos católicos e do país. Na visão dele, "a nação está cheia de maus espíritos". "Se não cuidarmos da nossa pátria terrena, como iremos cuidar da nossa pátria no céu?", questionou.

Marcos pediu ainda que os fiéis rezassem pelo país, pelos governantes e pelo presidente da República, o único que, segundo ele, teria identificado os "perigos do comunismo".

Entre os presentes na missão estavam a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ministros de estado, militares e apoiadores trajados com roupas e bandeiras em apoio à reeleição de Bolsonaro.

Em 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, o então candidato à chefia do Executivo foi atacado durante ato de campanha por Adelio Bispo, que foi posteriormente considerado inimputável. Laudo emitido no mês passado apontou que o autor do crime tem transtorno delirante persistente.