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Bolsonaro ataca Lula e diz para crianças que 'o sem dedinho faz mal'

Bolsonaro e Lula são candidatos à Presidência - Agência Brasil
Bolsonaro e Lula são candidatos à Presidência Imagem: Agência Brasil

Colaboração para o UOL

08/09/2022 13h21Atualizada em 08/09/2022 14h00

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou hoje o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário nas eleições deste ano, em um encontro com crianças no Palácio do Planalto.

"Muitas escolas públicas, para ensinar errado as crianças, como se o certo, o bondoso, o caridoso, né, aquele que quer o bem do próximo é o pessoal pintado de vermelho. Pintado de vermelho que faz o bem para vocês é só o Papai Noel. Aquele outro de vermelhinho, com chifrinho, faz o mal. Ou sem dedinho também faz o mal".

Lula perdeu o dedo mínimo, ou "mindinho", enquanto trabalhava em uma metalúrgica como torneiro mecânico.

O encontro de Bolsonaro com as crianças e apoiadores aconteceu enquanto o Congresso realizava uma solenidade em comemoração aos 200 anos da Independência do Brasil. Apuração do colunista do UOL Tales Faria revela que o presidente cancelou sua participação no evento para evitar situações em que pudesse ser confrontado.

Durante a conversa com as crianças, Bolsonaro também não definiu como "golpe" a ação que levou os militares ao poder em 1964. O candidato à reeleição afirmou que o marechal Castelo Branco foi eleito democraticamente como presidente da República pelo Congresso.

Porém, Bolsonaro não citou na conversa que dezenas de parlamentares foram cassados no período para que a ditadura militar fosse imposta e não explicou que o então presidente, João Goulart, ainda estava em território nacional à época, o que não permitira a declaração de vacância do cargo.

Entre os presentes no evento do Congresso estavam o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, parlamentares e representantes das delegações estrangeiras, entre as quais o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo.