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'Golpes no olho, pescoço e testa': como bolsonarista matou petista em MT

Do UOL, em São Paulo

09/09/2022 15h26

Um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) matou um eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma área rural da cidade de Confresa (MT) na noite de quarta-feira (7) após uma discussão sobre política. Segundo a Polícia Civil, o assassino usou uma faca e um machado e acertou a vítima com golpes no olho, testa e pescoço.

O autor do crime identificado como Rafael Silva de Oliveira, 24, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após ser ouvido pela Justiça em audiência de custódia. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e meio cruel. A pena para o crime varia de 12 a 30 anos de prisão.

Como foi o crime. O delegado Victor Donizete de Oliveira Pereira disse que o autor do crime usou uma faca e um machado para matar Benedito Cardoso dos Santos, 42, após uma discussão sobre política. "Foram golpes no olho, pescoço e testa. [Depois de esfaquear], o autor se levantou, pegou um machado e voltou até a vítima, que ainda estava com vida, e desferiu o último golpe fatal no pescoço", detalhou.

Em depoimento, Rafael disse ter sido atingido por um soco. Segundo a versão dele, depois a vítima pegou uma faca para golpeá-lo —ele disse ter conseguido desarmá-lo e, em seguida, o atingido com ao menos 15 facadas.

Armas escondidas, atendimento médico e confissão. Segundo a Polícia Civil, Rafael escondeu as armas do crime e procurou atendimento médico em um hospital por volta das 6h de quinta-feira (8), horas após o crime. Lá, foi indagado por policiais militares, que suspeitaram dele.

Nos deslocamos ao local do fato onde estava o corpo da vítima. Lá, encontramos as armas do crime e outros elementos que ligavam o autor aos fatos. Com isso, ele resolveu confessar."
Victor Donizete de Oliveira Pereira, delegado

Vítima e assassino trabalhavam juntos em chácara há dois dias. De acordo com a Polícia Civil, vítima e assassino trabalhavam juntos em uma chácara há apenas dois dias.

Suspeita de tentativa de fuga. O autor do crime teria procurado os seus empregadores dizendo que "precisava de um dinheiro", segundo consta no boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil. Com isso, despertou suspeitas de que tentaria fugir. O UOL não localizou os representantes legais de Rafael.