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Evento com Lula no RJ tem confusão com bolsonarista na porta

Do UOL, em São Gonçalo (RJ) e em São Paulo

09/09/2022 10h02Atualizada em 09/09/2022 14h07

Uma confusão envolvendo um bolsonarista na manhã de hoje marcou o início do evento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com evangélicos em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O homem —identificado como Rodrigo— já havia gravado um vídeo ontem (8) prometendo "fazer protesto" no local com carro adesivado.

Lula ainda não havia chegado ao evento quando o tumulto aconteceu. Na porta do Clube Tamoio, apoiadores se reuniam com bandeiras de candidatos do PT quando um carro adesivado com a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) dirigindo e uma foto de Lula atrás de grades passou com velocidade reduzida.

Os apoiadores do petista entenderam como provocação e um deles deu um tapa no veículo. Neste momento, Rodrigo saiu do carro com celular em punho procurando quem tinha dado o tapa.

A partir daí, o que se deu foi uma confusão: apoiadores, policiais federais e seguranças do evento cercaram Rodrigo para que ele fosse embora. Minutos depois, outro homem deu um tapa no celular de Rodrigo e uma briga generalizada começou.

Quando o tumulto foi contido, Rodrigo estava com a lateral direita do rosto sangrando e gritava que seu celular havia sido roubado.

A todo momento, apoiadores do ex-presidente Lula gritavam palavras de ordem e afirmavam que o homem "queria confusão". O imbróglio terminou quando um policial federal disse que havia encontrado o aparelho e pediu para que o motorista voltasse ao carro.

Antes de dar a partida, o bolsonarista saiu do veículo e agradeceu à Polícia Federal. Não houve registro de ocorrência.

Bolsonarista que arrumou confusão em encontro de Lula anunciou protesto um dia antes - Reprodução - Reprodução
Bolsonarista que arrumou confusão em encontro de Lula anunciou protesto um dia antes
Imagem: Reprodução

Confusão anunciada. O apoiador bolsonarista já havia prometido ir à porta do culto para fazer protesto. Exibindo o próprio carro com a bandeira do Brasil no capô e adesivo na janela do motorista que simula Bolsonaro conduzindo Lula vestido de presidiário no banco de trás.

"Meu carro já está caracterizado. Amanhã eu estou aqui para protestar contra esse safado. Lula ladrão na cadeia. Bolsonaro neles!", diz o homem, com adesivo na camisa de um candidato do PL no peito.

Aceno aos cristãos. O voto evangélico é um dos redutos mais sólidos do presidente nesta eleição e Lula tem tentado se aproximar. A campanha, no entanto, evita entrar nas chamadas "pautas de costume" —algo que, no entendimento petista, seria uma guerra perdida.

Se não pretende entrar em temas conservadores, foca no bolso e tenta desmentir fake news relacionadas à religião, como o boato sobre fechamento de igrejas. Hoje, a campanha pretendeu dialogar em especial com as pequenas igrejas, que consideram de entrada mais fácil.