Leão Serva sobre arremesso de celular de deputado: 'Para afastar lacração'
O diretor de jornalismo da TV Cultura, Leão Serva, afirmou que arremessar o celular do deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos) era a "única forma possível de afastá-lo da lacração".
Serva agiu para defender a jornalista Vera Magalhães, que era agredida verbalmente pelo deputado após o debate com governadores de São Paulo organizado pela Folha de S.Paulo, TV Cultura e UOL. "Ele [Douglas Garcia] visivelmente veio aqui com a intenção de, como eles gostam de falar, lacrar. Entendo que a única opção possível naquela hora era afastá-lo da lacração e, por isso, interrompi a gravação que ele estava fazendo", disse o jornalista.
As imagens captaram o jornalista arremessando o celular de Garcia para longe, o que fez com que o deputado saísse de perto de Vera em busca do aparelho.
Serva disse que Garcia começou uma prática de perseguição contra Vera há dois anos, quando usou do seu mandato na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) para obter o contrato de trabalho da jornalista. Na ocasião, o deputado divulgou o valor de salário anual como se fosse mensal.
Leão lembrou ainda o ataque recente do presidente Jair Bolsonaro (PL) à jornalista no debate da TV Bandeiras/UOL, no dia 28 de agosto. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que Vera "dormia pensando nele".
Deputado pede desculpas a Tarcísio, mas não a Vera
Garcia anunciou hoje, por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, que registrou boletim de ocorrência contra Vera Magalhães, após ter tentado intimidá-la no debate.
Na publicação, o apoiador de Bolsonaro pede desculpas ao ex-ministro e candidato a governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e mantém os ataques a Vera e à imprensa.
"Não me arrependo de absolutamente nada do que fiz hoje. Se é para pedir desculpas para alguém, não é para jornalista nenhum. Tenho que pedir desculpas ao Tarcísio", diz o bolsonarista no vídeo.
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