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Bilionário privilegia doações a candidaturas indígenas e de mulheres

O herdeiro da empresa de assistência médica Amil doou para Marina Silva, na última segunda-feira (12), R$ 75 mil. - Patricia Stavis/Folhapress
O herdeiro da empresa de assistência médica Amil doou para Marina Silva, na última segunda-feira (12), R$ 75 mil. Imagem: Patricia Stavis/Folhapress

Pedro Vilas Boas

Colaboração para o UOL

15/09/2022 10h48Atualizada em 15/09/2022 11h18

Um dos bilionários mais jovens do Brasil, Pedro de Godoy Bueno, CEO da empresa de laboratórios Dasa, é responsável por doações de altos valores a candidaturas indígenas e de mulheres nas eleições deste ano. A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede-SP), candidata a deputada federal, é uma das beneficiadas.

De acordo com a plataforma "DivulgaCand", do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o herdeiro da empresa de assistência médica Amil doou para Marina, na última segunda-feira (12), R$ 75 mil.

Outras mulheres e indígenas aparecem na lista de doações do bilionário de 32 anos. Receberam o mesmo valor de Marina os candidatos à Câmara Célia Nunes Correa (PSOL-MG); Maial Paiakan Kaiapó (Rede-PA); Almir Narayamoga Surui (PDT-RO); Ursula Vidal Santiago de Mendonça (MDB-PA); Adriana Miguel Ventura (Novo-SP); Mônica Rosenberg Braizat (Novo-SP); Luana de Brito Tavares (PSD-SP); e Felipe Rigoni Lopes (União Brasil-ES), primeiro deputado federal deficiente visual.

Ainda aparecem na lista de doações de Godoy Bueno, recebendo R$ 50 mil cada, o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero (PSD-RJ) e o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM).

Segundo a plataforma do TSE, o bilionário aparece em 12º no ranking de pessoas físicas doadoras para as eleições deste ano. Ao todo, ele já transferiu R$ 1,2 milhão.

Quem é Pedro de Godoy Bueno

Pedro de Godoy Bueno é um dos bilionários mais jovens do Brasil. De acordo com a revista Forbes, ele possui um patrimônio líquido de R$ 5,6 bilhões. O empresário é CEO da Dasa, gigante do mercado de laboratórios.

Seu pai, Edson de Godoy Bueno, era um dos magnatas do ramo de saúde no país. Ele morreu em 2017 vítima de um infarto, e deixou a maior parte da fortuna para Pedro e sua irmã, Camilla.

O CEO da Dasa é casado com o administrador Herrmann Hoffmann.

No ano passado, em entrevista à revista Lide, o bilionário falou sobre se engajar em propósitos. "Percebi que precisamos colocar nossa energia em algo que faça nosso coração vibrar. Todos querem se engajar por um propósito. A liderança tem a capacidade de criar essa realidade para as pessoas e dar oportunidade delas serem a sua melhor versão", disse.