Instagram marca que vídeo de Flávio Bolsonaro sobre Datafolha é fake news
O Instagram marcou hoje como "informação falsa" um vídeo publicado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), em que mostra uma suposta funcionária do Datafolha que teria se recusado a entrevistar um apoiador do mandatário.
A publicação do parlamentar ocorreu pouco tempo depois da divulgação da nova pesquisa do instituto, na qual aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente de Bolsonaro na disputa para a eleição presidencial. A checagem do Instagram foi feita pelo menos 14 minutos após a publicação do vídeo.
"Como o ex-presidiário tá com 45% no Datafolha? Mostro pra você", escreveu o senador, na legenda. "Informação falsa. A mesma informação foi analisada por verificadores de fatos independentes em outra publicação", retrucou a rede social, no post.
No vídeo, um homem se aproxima de uma mulher que seria a funcionária do Datafolha e a questiona de forma incisiva.
"Datafolha... se for Bolsonaro ela não faz a pesquisa, tá fugindo, tá se escondendo. Se for Bolsonaro? 'eu fui colocar lá que era Bolsonaro e eles não aceitaram não'. Entendeu? Se você fala que é Bolsonaro ele corre ó, correu, pra você ver a mentira, falcatrua."
O vídeo, que circula no Facebook, Instagram, Telegram, Kwai e TikTok, foi verificado pelo Instagram com base na checagem de pelo menos duas agência: Reuters e Aos Fatos. A AFP também analisou o vídeo. Ambas concluíram que o material contém informação falsa.
À agência Reuters, o Datafolha informou que o episódio aconteceu na última terça-feira (13) no bairro Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. A funcionária, diz o instituto, "foi abordada por um segurança de um estabelecimento comercial após realizar uma entrevista em frente a este local".
"Esse segurança estava filmando a pesquisadora quando a abordou, perguntou se ela trabalhava para o Datafolha e solicitou que ela o entrevistasse", disse a empresa.
Na própria gravação, um dos homens assume que se prontificou a participar da pesquisa: 'Eu falei pra ela: 'faz a pergunta'. Quando a gente falou que era Bolsonaro ela saiu correndo".
As diretrizes do Datafolha, no entanto, não permitem a entrevista de pessoas que se prontificam a participar das pesquisas.
"A abordagem dos entrevistados tem que ser aleatória, se aceitarmos pessoas que se oferecem, independentemente da posição política, teremos um viés na amostra", disse a diretora do instituto, Luciana Chong, à agência AFP.
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