PT critica Bolsonaro por ação que derrubou site ligado a Lula: 'Desespero'
A equipe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou hoje a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de derrubar um site ligado à campanha, atendendo a um pedido da coligação do presidente Jair Bolsonaro (PL). Para eles, a ação demonstra "desespero" por parte dos adversários.
"Essa ação mostra o desespero da chapa Bolsonaro/Braga Neto por perceberem que o povo brasileiro não acredita mais na fábrica de mentiras criada por eles e que o trabalho sério de combate às fake news e à desinformação tem efeito", disseram em nota.
A Justiça Eleitoral mandou tirar do ar o site Verdade na Rede, que aparenta ser uma agência de checagem de notícias. Para a ministra que analisou a ação, Maria Claudia Bucchianeri, a página pratica "falseamento de identidade" e "escamoteia a verdade".
A campanha de Lula rebateu que nunca escondeu que o site era uma das páginas oficiais da chapa. "Ela foi registrada no TSE, e seus conteúdos deixam claro sua afiliação política, incluso a postagem nas redes com assinatura da coligação", disseram, acrescentando que o projeto atua desde 2020.
Site não usa as cores da propaganda de Lula
O site alvo da determinação da ministra, cujo domínio possui a frase "verdade na rede", não tem indicações de que se trata de uma plataforma de campanha de Lula e não usa as cores da propaganda eleitoral do ex-presidente.
Na página onde os visitantes do site podem fazer o cadastro para receber materiais por aplicativos de mensagens, a plataforma anuncia que o usuário pode se tornar "voluntário no combate às fake news".
A área de inscrição não cita nominalmente o presidenciável do PT, mas, ao acessar o link "política de uso de dados", o usuário é encaminhado para um site oficial de Lula.
Em seu despacho, a ministra do TSE afirmou que fez esse cadastro de forma fictícia e passou a receber materiais de campanha de Lula no WhatsApp.
"Tudo leva a crer, portanto, haver evidente confusão informacional dolosa na hipótese em apreço, em caso que entendo ser de verdadeira fraude à lei", concluiu a ministra Maria Claudia Bucchianeri.
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