Diretora do Datafolha: Ataques da família Bolsonaro contribuem com agressão
O Datafolha tem percebido um aumento de hostilidade contra pesquisadores, principalmente depois dos atos políticos de 7 de setembro. Nesta semana uma pessoa foi agredida no interior de São Paulo enquanto fazia a pesquisa. Luciana Chong, diretora do instituto, participou do UOL News nesta quinta-feira (22), lamentou o caso e afirmou que os ataques da família de Jair Bolsonaro (7) contra as pesquisas contribuem para esse clima hostil.
"Eles contribuem, geram esse clima de hostilidade contra o Datafolha. Isso é um absurdo. O Datafolha está ali para cumprir a função de mostrar o que a sociedade pensa. Não tem um lado, não está a favor ou contra candidatos. Nosso objetivo é para apurar e tirar fotografia desse momento", explicou Luciana.
Na sequência ela comentou que percebeu um aumento da agressividade em comparação com a eleição presidencial anterior. "Em 2018 percebemos hostilidade, mas não era muito. Esse ano de fato é maior. Já teve xingamento, pessoas que gravam vídeo e colocam nas redes sendo hostil com pesquisadora. Sempre uma intimidação e a gente tem percebido isso mais forte".
Luciana comentou que algumas pessoas desistem de trabalhar no Datafolha por causa disso, mas também afirmou que o instituto tem uma equipe grande e determinada. Inclusive contou que o pesquisador agredido quis continuar no instituto. "A primeira coisa que o pesquisador falou é 'vou poder continuar trabalhando?'. Ele tem orgulho, entende sua função, então a gente tem que combater essa agressão".
O Datafolha prometeu dar todo apoio jurídico ao agredido e seguir adiante com um processo contra o agressor.
Josias: Homem que agrediu pesquisador do Datafolha presta serviço ao bolsonarismo
Josias de Souza, colunista do UOL, comentou no UOL News sobre o caso e afirmou que Rafael Bianchini agrediu o pesquisador com apoio tácito de Jair Bolsonaro, ou seja, um apoio que não é totalmente expresso, mas está oculto.
"De repente saltou da alma desse Bianchini um espírito miliciano a serviço do bolsonarismo, com aval tácito do Bolsonaro, um presidente cultor da arma e do extermínio. E agrediu a socos e pontapés um pesquisador da Datafolha. E se ele não fosse contido, assassinaria um trabalhador", observou Josias.
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