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TSE valida decisão que barrou vídeo impulsionado por Bolsonaro contra Lula

O ex-presidente Lula (PT) discursa em comício em Curitiba - Irisbel Correia/Futura Press/Estadão Conteúdo
O ex-presidente Lula (PT) discursa em comício em Curitiba Imagem: Irisbel Correia/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em Brasília

22/09/2022 10h48Atualizada em 22/09/2022 10h59

O plenário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) validou hoje (22), por unanimidade, a decisão da ministra Maria Claudia Bucchianeri e manteve fora do ar um vídeo impulsionado no YouTube pela campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) com críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário na disputa pela reeleição.

A decisão de Maria Claudia foi proferida na quinta-feira passada (15) e atendeu a um pedido da coligação Brasil da Esperança, de Lula, que acusou a campanha de Bolsonaro de manter no ar um vídeo em que associa a imagem do petista aos termos "espertalhões, ladrões, presidiários e assaltantes do dinheiro público", além de fazer referência aos escândalos do mensalão e do petrolão.

Além disso, a campanha de Bolsonaro teria pago entre R$ 60 mil a R$ 70 mil para anunciar o vídeo na plataforma.

    "Na primeira parte [do vídeo], na parte sombria, não tem no vídeo nenhuma marca d'água indicando os partidos. O nome PL só aparece do meio pro final, na parte boa. E isso viola a nossa jurisprudência na necessidade de transparência para que o eleitor saiba que está sendo exposto a uma propaganda eleitoral", afirmou a ministra.

    "Também houve irregularidades no impulsionamento. A primeira parte é claramente uma propaganda negativa pois no momento em que o narrador fala de problemas, aparecem imagens de políticos da oposição", prosseguiu.

    Maria Claudia determinou a retirada do vídeo do ar, mas possibilitou que o conteúdo fosse divulgado novamente desde que corrigido os problemas identificados:

    • A ausência de identificação de que o material se tratava de uma propaganda eleitoral;
    • O teor negativo de parte do vídeo, que usa imagens de políticos da oposição

    Todos os demais ministros acompanharam o voto da relatora, sem proferir um voto próprio.