Topo

Presidenciáveis criticam ausência de Lula em debate no SBT

24.set.2022 - Presidenciáveis durante debate no SBT; Lula não participou - Reprodução/SBT
24.set.2022 - Presidenciáveis durante debate no SBT; Lula não participou Imagem: Reprodução/SBT

Do UOL, em São Paulo, no Rio e em Brasília*

24/09/2022 18h20Atualizada em 24/09/2022 18h54

A ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o principal assunto da chegada dos presidenciáveis ao debate do SBT nesta tarde. Lula havia informado que não iria porque teria uma agenda com dois eventos na cidade de São Paulo, um comício no Grajaú, periferia do extremo sul da cidade, e outro em Itaquera, na zona leste.

Ciro Gomes (PDT), que ocupa a terceira posição nas pesquisas de intenção de voto, criticou o adversário, que tem pedido pelo voto útil para a corrida eleitoral terminar no primeiro turno.

"É lamentável que um candidato que diz que tem que fazer um voto útil para enfrentar o fascismo e estigmatiza o fascismo na mão de um adversário não venha na presença do adversário mostrar o fascismo dele. Eu estou aqui. Vou denunciar a corrupção, o fascismo e, mais do que tudo, vou mostrar que o Brasil tem saída", disse.

Em seguida, foi a vez da candidata Soraya Thronicke (União), que chamou Lula de covarde. "Comparecer ao debate é uma obrigação do candidato e é um direito do eleitor. Entendo que é um ato de covardia do candidato, você pode organizar a sua agenda. A desculpa que foi dada, com todo o respeito, é uma desculpa esfarrapada. Isso é desrespeito com a população brasileira."

Simone Tebet (MBD) também foi dura na crítica. "Me espanta quem prega o voto útil correr de um debate, fugir de um debate, de se expor e falar para o Brasil quais são suas propostas", disse.

"Como alguém pode pregar o voto útil, querer matar uma eleição no primeiro turno e não se apresentar para o Brasil? Ele quer que o eleitor dê um cheque em branco? Vote no escuro? Eu faço política há muito tempo porque, acima de tudo, temos que respeitar o voto do eleitor", completou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a ausência do principal adversário, e ainda chamou Lula de presidiário. "A ausência do presidiário, do ex-presidiário, demonstra que ele não tem qualquer compromisso para com a população", afirmou.

"Em 2018 eu não compareci porque estava hospitalizado por uma facada e fui massacrado pelo PT, como fujão. Perguntaria aos petistas: e agora? Qual é a justificativa? Obviamente porque ele foi muito mal no último debate. Ele deve muito, é o maior responsável pelo maior esquema de corrupção da humanidade, foi absolvido, ou melhor, foi tirado da cadeia por uma reinterpretação da segunda instância e depois foi descondenado por um amigo do Supremo Tribunal Federal. E ele é candidato. Mas não tem condições morais e éticas para ocupar a cadeira presidencial".

* Participaram desta cobertura:
Em São Paulo: Caê Vasconcelos, Felipe Pereira, Isabela Aleixo, Juliana Arreguy e Wanderley Preite Sobrinho
No Rio: Lola Ferreira
Em Brasília: Camila Turtelli, Eduardo Militão, Gabriela Vinhal e Leonardo Martins