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TSE aciona MPE sobre disparo de mensagens contra STF e pró-Bolsonaro

Prédio TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília - Antonio Augusto / Ascom / TSE
Prédio TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília Imagem: Antonio Augusto / Ascom / TSE

Colaboração para o UOL

24/09/2022 20h07Atualizada em 24/09/2022 20h18

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) encaminhou ao MPE (Ministério Público Eleitoral) a informação divulgada pelo governo do Paraná de que um disparo em massa de mensagens via SMS ameaçava invasão ao Congresso e ao STF (Supremo Tribunal Federal), caso o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), seja derrotado nas eleições de outubro.

O caso foi enviado pela Assessoria de Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE no âmbito da parceria do Programa de Enfrentamento à Desinformação da Justiça Eleitoral.

As mensagens antidemocráticas foram enviadas por meio da PIA (Paraná Inteligência Artificial), plataforma ligada ao governo paranaense, comandado por Ratinho Júnior (PSD), apoiador de Bolsonaro.

Em nota, o governo paranaense disse repudiar "qualquer tentativa de uso político ou manifestação antidemocrática", e pediu uma "apuração célere" do caso por parte da Celepar (Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná), desenvolvedora da PIA. O poder executivo do estado afirmou que o disparo se deu por meio da empresa terceirizada Algar Telecom, que presta serviços à Celepar.

"O Governo do Estado do Paraná repudia qualquer tentativa de uso político ou manifestação antidemocrática e determinou à Celepar apuração célere junto a seus parceiros para responsabilização desse fato lamentável. O fato ocorreu a partir de uma empresa terceirizada e ela já foi notificada pela Celepar", disse em nota.

Nas redes sociais, usuários têm relatado o recebimento de mensagens golpistas enviadas por órgãos ligados ao governo do Paraná. O texto diz que "vai dar Bolsonaro no primeiro turno". Na impossibilidade da reeleição do atual presidente, eles irão "às ruas para protestar" e vão "invadir o Congresso Nacional e o STF".

Em contato com o UOL, a Algar Telecom informou que "está analisando o ocorrido", e justifica o disparo em razão de acesso indevido à plataforma.

Lula vai à Justiça

Segundo o colunista do UOL Chico Alves, a campanha do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai à Justiça para sustar o disparo em massa de mensagens golpistas pró-Jair Bolsonaro.

Ao colunista, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, alegou que tem recebido relatos de que moradores de outros estados também estão recebendo mensagens enviadas a partir de plataformas do governo do Paraná.

"Estão usando desesperadamente a base de dados do governo do Paraná. Mas devem estar usando a base de dados do governo federal também, fazendo a integração. Recebemos de usuários de Instagram de outros estados o aviso de que receberam o mesmo conteúdo pelo canal oficial", declarou.