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TSE barra candidatura de candidato bolsonarista líder nas pesquisas em SE

Valmir de Francisquinho (PL) liderava pesquisas para o governo de Sergipe - Reprodução/Facebook
Valmir de Francisquinho (PL) liderava pesquisas para o governo de Sergipe Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

29/09/2022 14h52Atualizada em 01/10/2022 12h35

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) tornou inelegível hoje o candidato ao governo do estado de Sergipe Valmir de Francisquinho (PL). Ele lidera as pesquisas de intenções de voto e contava com apoio do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a pedir adesão à candidatura dele em suas transmissões semanais ao vivo.

Segundo pesquisa do Instituto Real Time Big Data, divulgada ontem, Francisquinho tinha 35% das intenções de voto. Ele é seguido pelo senador Rogério Carvalho (PT), com 25%, empatado tecnicamente com ex-deputado Fábio Mitidieri (PSD), que somou 20%. O senador Alessandro Vieira (PSDB), ficou com 9%. A margem de erro do levantamento foi de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo o TSE, o candidato agora deve interromper de imediato a veiculação da propaganda de sua campanha. Até o início da tarde de hoje, ele ainda mantinha peças eleitorais em suas redes sociais.

Candidato sofreu condenação em 2018

Francisquinho sofreu o revés na Justiça Eleitoral por conta de uma condenação no TRE-SE (Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe) por abuso de poder econômico, em 2018, e que posteriormente foi confirmada pelo TSE. À época, o bolsonarista era prefeito de Itabaiana e foi acusado beneficiar o filho Talysson Costa em sua candidatura a deputado estadual. A condenação deixou pai e filho inelegíveis até 2026.

O correligionário de Bolsonaro recorreu em todas as instâncias possíveis para seguir candidato, argumentando que a condenação de 2018 pelo TRE-SE não poderia ser utilizada para tirá-lo da disputa eleitoral, pois o indeferimento de sua candidatura pela Corte estadual aconteceu depois da decisão colegiada final do TSE.

O MPE (Ministério Público Eleitoral) de Sergipe entende o contrário. O vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, afirma que basta uma condenação de órgão colegiado para que alguém se torne inelegível, não necessitando da confirmação por órgão superior.

"A norma em análise não exige que a condenação proferida por órgão colegiado tenha que passar pelo crivo de uma instância superior, bastando um único órgão colegiado ter julgado e proferido sua decisão, para a inelegibilidade em comento ter eficácia", opinou.

O UOL tenta contato com Valmir de Francisquinho. O espaço seque aberto para qualquer manifestação do candidato.