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Vice de Freixo: 'Se eu tiver que assumir o governo do Rio, eu renuncio'

Cesar Maia é vice na chapa de Marcelo Freixo ao governo do Rio - Divulgação
Cesar Maia é vice na chapa de Marcelo Freixo ao governo do Rio Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

30/09/2022 17h55Atualizada em 30/09/2022 18h11

Cesar Maia (PSDB), ex-prefeito do Rio e vice na chapa do candidato ao governo do estado Marcelo Freixo (PSB), disse que renunciará caso tiver que assumir o governo do estado. A declaração foi em entrevista ao jornal O Globo.

O político foi questionado se estaria preparado para assumir o governo já que o estado tem histórico de vices que se tornaram governadores, como foram os casos de Luiz Fernando Pezão (MDB), Francisco Dornelles (Progressistas), Benedita da Silva (PT) e o atual governador e candidato à reeleição, Cláudio Castro (PL).

Isso não vai acontecer. Eu tenho 77 anos, o Freixo, 55. O Freixo tem uma saúde de touro. Não tem essa hipótese. Se tivesse, eu nem aceitaria [ser vice]. Se por acaso acontecer, eu renuncio. Assume o presidente da Assembleia Legislativa. Não quero ser governador. Governador é o Freixo que tem saúde, disposição e vai ser um grande governador. Cesar Maia (PSDB), vice de Freixo

O ex-prefeito do Rio ainda citou que não pretende atuar em uma área específica na possível gestão com o candidato do PSB. "O vice tem que entender que ele é parte integrante do candidato."

Questionado sobre ter uma atuação na campanha de Freixo parecida com a de Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Maia comentou que as posições são "diferentes".

"O Lula ele tem a marca dele, foi presidente, teve seus problemas e é muito atacado pela campanha do Bolsonaro. Então é preciso que o Alckmin sente em uma cadeira e fale. Não é meu caso. Se o Freixo ainda estivesse no PSOL eu até diria, mas ele veio para o PSB, isso já suavizou."

Maia também explicou que não está acompanhando Freixo nas campanhas e eventos de rua em razão de um problema na lombar e por receber a recomendação médica de não se expor em público em razão da covid-19.

"Então terça, quarta e quinta-feira é Câmara de Vereadores. Segundo e sexta eu faço a campanha na rua com ele ou com o PSDB, porque é minha responsabilidade também fortalecer o partido no Rio. Também faço campanha ao lado da Daniela Maia, minha filha, que é candidata a deputada federal."

Mudança de posição sobre drogas

O vice na chapa de Freixo também viu como positiva a mudança de posicionamento do colega em relação à legalização das drogas.

Em agosto, rejeitando um dos pilares históricos de sua militância, Freixo afirmou que não era mais a favor da legalização das drogas.

"[A mudança de posição sobre o tema] facilita a minha defesa do Freixo, obviamente. Eu não pedi nada, mas ele adota uma posição mais sinérgica com o perfil do eleitor médio do Rio. Acho que ele não se candidatou para marcar posição."