Stycer: Bonner parecia querer cartão vermelho para padre; faltou essa regra
O colunista Mauricio Stycer participou do UOL News nesta sexta-feira (30) e comentou sobre a atuação de William Bonner como mediador do debate presidencial da Rede Globo. Ele afirmou que o âncora pareceu frustrado com o nível da discussão entre candidatos.
"Achei que a certa altura o Bonner ficou triste. Passou a impressão que não era isso que tinha planejado, que tragédia. Ele tentou acalmar e viu que não ia conseguir", comentou Stycer.
O colunista apontou que a Rede Globo poderia ter criado uma regra que possibilitasse uma punição para candidatos que estavam interrompendo adversários com frequência, como o Padre Kelmon (PTB).
"Faltou talvez uma ferramenta, que não estava combinada, para punir participantes que estavam desrespeitando regras. Teve uma frustração ali, sobretudo com o autoproclamado padre. Bonner queria um cartão amarelo, eventualmente vermelho, mas não pode, porque não estava previsto", analisou Stycer.
Stycer: Duração do debate foi absurda; audiência foi altíssima
O colunista também apresentou a informação que o debate teve "altíssima" audiência em São Paulo, de acordo com números prévios. E se essa audiência for espelhada para o Brasil todo, a audiência pode ter alcançado 17 milhões de pessoas. Mas são números prévios, pois a audiência oficial ainda será calculada posteriormente.
Stycer só lamentou o horário do debate, que começou às 22h30 (de Brasília) e terminou 1h50. "É um horário muito ruim. Surfa na audiência do Pantanal, que teve uma das melhores audiências, mas é muito tarde e se prolongou demais".
Josias: Bolsonaro 'amansou' durante debate após ser informado que estava desagradando
O presidente Jair Bolsonaro (PL) começou o debate de forma agressiva, discutindo com Lula (PT), mas depois se acalmou. De acordo com o colunista do UOL Josias de Souza, essa mudança aconteceu por causa de informações passadas ao presidente durante o intervalo.
"Eu procurei e falei com uma das pessoas que estava acompanhando o desempenho do Bolsonaro. Esse início do debate não agradou. A agressividade do Bolsonaro pegou mal. Estava lá no estúdio o Carluxo, filho mais agressivo, inclusive o presidente iniciou no modo Carluxo. Mas o ministro Fábio Faria informou ao Bolsonaro que aquele estilo não estava agradando e que ele deveria se dedicar mais a programas do governo. Bolsonaro voltou ao estilo tosco, mas menos agressivo", informou Josias.
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