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Haddad: 'Tudo o que o Bolsonaro quer é um incidente'

01.out.22 - Fernando Haddad, candidato ao governo de São Paulo, participa de coletiva à imprensa internacional - Juliana Arreguy/UOL
01.out.22 - Fernando Haddad, candidato ao governo de São Paulo, participa de coletiva à imprensa internacional Imagem: Juliana Arreguy/UOL
Juliana Arreguy, Do UOL e em São Paulo

01/10/2022 09h57Atualizada em 01/10/2022 10h41

O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) declarou na manhã de hoje que os seus apoiadores e os de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não devem responder a provocações políticas e alertou para recentes casos de violência envolvendo estas eleições.

"O que a gente tem recomendado: não aceitar provocação, não responder. Se estiver num ambiente em que se sentir acuado, volte para casa, vote tranquilamente, a cabine é secreta, você pode votar no candidato da sua preferência. Se você tiver qualquer risco à sua integridade física, não responda", disse neste sábado (1°) em entrevista coletiva concedida a veículos estrangeiros em seu comitê de campanha, na Bela Vista, em São Paulo.

Papel de Jair Bolsonaro (PL). Para Haddad, o presidente da República é parte do motivo pelo qual Haddad considera as militâncias mais inflamadas nestas eleições.

"Desde a redemocratização do país não tínhamos nenhuma força política que pregasse a violência. Isso nunca aconteceu. Não havia pregação de violência entre PT e PSDB, nunca houve promoção de violência. Agora não, o chefe do Executivo acha que as armas são a solução para a segurança pública", afirmou.

Tudo o que o Bolsonaro quer é um incidente, ele precisa de um incidente.
Fernando Haddad (PT)

Alinhamento. Durante a coletiva, Haddad mencionou a necessidade de se estar alinhado a um eventual governo Lula — caso os dois sejam eleitos — e afirmou que a prioridade de ambos é o combate à fome.

Prioridade é Lula. A atual prioridade da campanha de Haddad é atuar para que Lula seja eleito amanhã no primeiro turno. Isso levou o ex-prefeito paulistano a isolar o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) nos debates na televisão. No último, nesta terça-feira (27) na Globo, ele promoveu uma tabelinha com Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato apoiado por Bolsonaro, ao nacionalizar a discussão.

Ganha-ganha. Para a equipe do petista, além de trazer para São Paulo o debate nacional, a campanha também foca em combater o adversário que considera melhor de ser vencido num eventual segundo turno no estado. Tarcísio, para o PT, tem mais chance de ser derrotado por Haddad do que Rodrigo — o PSDB não perde em SP há 27 anos.