Eleições têm menor número de brancos e nulos desde 2014, diz TSE
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou que as eleições deste ano contaram com o menor número de votos brancos e nulos desde 2014. O balanço foi divulgado em coletiva de imprensa após mais de 99% das urnas serem apuradas.
"Dos 80% de eleitores que votaram, tivemos metade dos brancos e nulos em relação aos votos de 2014. Passamos de 8,8% para apenas 4,20% da porcentagem de pessoas que não escolheram candidatos", informou.
"Por ser algo mais polarizado, acredito que as pessoas acabaram votando mais. A polarização foi um dos possíveis fatores para que as pessoas participassem efetivamente e as filas tenham acontecido", afirmou o presidente da Corte Eleitoral.
Durante a coletiva, Moraes também disse que o TSE "cumpriu a missão de garantir transparência" e destacou que a população escolheu os representantes de forma "segura e pacífica" durante o domingo.
"O sistema eleitoral sempre foi seguro. As urnas eletrônicas representam a vontade popular digitada em cada uma das seções", destacou o ministro.
Os também ministros Rosa Weber, atual presidente do STF, e Ricardo Lewandowski também estiveram presentes na coletiva de imprensa.
Durante a tarde de hoje, Alexandre de Moraes informou que os portões dos locais de votação seriam fechados às 17h (horário de Brasília), mas eleitores presentes nas filas puderam votar após este horário nas seções eleitorais.
Filas e demora na votação. Durante a coletiva, Moraes afirmou que diversos fatores contribuíram para a ocorrência de filas em diversas seções eleitorais do país. O maior comparecimento de eleitores e o menor número de votos nulos foi um deles - uma vez que o eleitor demoraria mais tempo para votar - assim como problemas com o uso da biometria.
Segundo balanço divulgado pelo TSE, em ao menos 9 Estados e no Distrito Federal as filas levaram as votações a serem concluídas após às 19h. Foi o caso de:Amazonas, Piauí, Alagoas, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Roraima, Amapá, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo
Moraes, porém, minimizou que as filas possam se repetir no segundo turno, marcado para o próximo dia 30. "O segundo turno, em alguns Estados, será um único voto [para presidente], o que diminui bastante o tempo", afirmou.
Ao falar sobre o resultado das urnas divergir de algumas pesquisas eleitorais, Moraes afirmou que o TSE não tem envolvimento com os institutos. "Se houve discrepância de números, quem deve explicar isso são os institutos de pesquisa. Isso não cabe à Justiça Eleitoral analisar", afirmou.
Acirramento político. Questionado se a polarização no segundo turno entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) pode contribuir para aumentar o risco de violência política, o ministro disse que a sociedade demonstrou "maturidade democrática" e que não vê esse cenário possível no final do mês.
O mesmo se aplicaria a novos ataques à Justiça Eleitoral. Segundo o ministro, apesar dos ataques às urnas, o TSE fez publicidade necesária para demonstrar a transparência do sistema eleitoral.
"O acirramento será político. Não acredito que haverá ataques maiores à Justiça Eleitoral, até porque a Justiça Eleitoral demonstrou sua competência na totalização. Novos 27 senadores foram eleitos com base na legitimidade do voto, novos 513 deputados", disse.
Então acredito que a era de ataques à Justiça Eleitoral já é passado"
Alexandre de Moraes, presidente do TSE
Auditorias. Durante o dia, tanto as Forças Armadas quanto o TCU (Tribunal de Contas da União) conduziram auditorias por meio da contagem dos boletins de urna impressos nas seções eleitorais após o fim da votação.
Em relação aos militares, o ministro disse que não recebeu nenhum documento até o momento. O TCU também aguarda a totalização de 100% dos votos para concluir o processo, mas o UOL apurou que os trabalhos ocorreram sem nenhum empecilho.
"Hoje encerramos o primeiro turno sem nenhuma intercorrência de nenhuma entidade fiscalizadora", disse Moraes.
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