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TRE atribui filas a 'comparecimento em massa' e biometria em SP e RJ

Caê Vasconcelos e Marcela Lemos

Do UOL, em São Paulo e colaboração para o UOL, no Rio

02/10/2022 18h04

O alto comparecimento de eleitores e dificuldades no uso da biometria foram apontados como razões para as extensas filas registradas nas seções eleitorais neste domingo (2), dia de primeiro turno das eleições gerais, na avaliação dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Os portões dos locais de votação fecharam às 17h, mas quem estava nas filas continuou à espera da sua vez de votar. A expectativa é que o encerramento da votação aconteça às 19h. A apuração já começou, também às 17h.

O presidente do TRE-RJ, Elton Leme citou ainda entre os motivos para a espera de eleitores a falta da "cola" dos números dos candidatos.

"Essa filas representam que o eleitor está em peso indo votar, há um comparecimento em massa, o que é excelente, e de outro lado temos a dificuldade da biometria associada à falta daquela solicitação que fizemos da cola, a anotação do candidatos. Estamos percebendo que o eleitor se atrapalha na hora de colocar o número do candidato."

Atrasos em SP. O presidente do TRE-SP, desembargador Paulo Galizia, destacou a demora no uso da biometria."Em 2020 não utilizamos biometrias e elas precisaram ser revalidadas. É um processo mais lento, principalmente para as pessoas de maior idade", disse em coletiva de imprensa no fim da tarde de hoje.

"Existe também a hipótese de que, nessa eleição, tenha diminuído a abstenção, porque temos mais 4 milhões de eleitores e um interesse maior dos eleitores no geral", concluiu. Os números referentes à abstenção ainda não estão fechados.

Dados do Detran. Em São Paulo, segundo o TRE, outros sistemas, além da Justiça Eleitoral, foram usados para as biometrias, como é o caso da parceria com o Detran e o Denatran, que enviou 4,2 milhões de biometrias externas cadastradas na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Urnas substituídas. Em algumas seções, os atrasos também vieram as substituições das urnas. Em São Paulo, 508 urnas foram substituídas por problemas técnicos - o total equivale a 0,42% das 115 mil urnas no estado.