Marcos do Val protocola pedido para abrir CPI de pesquisas eleitorais
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) enviou um requerimento para abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra os métodos de apuração das pesquisas eleitorais dos principais institutos brasileiros.
Segundo o parlamentar, a Comissão seria necessária para "aferir as causas das expressivas discrepâncias entre as referências prognósticas, principalmente de curtíssimo prazo, e os resultados apurados". O pedido ocorre um dia após o primeiro turno das eleições.
Nas últimas pesquisas presidenciais do Datafolha, do Ipec e da Quaest até o sábado, dia 1º, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha de 49% a 51% das intenções de votos válidos, ou seja, excluindo brancos e nulos. Pela margem de erro, que é de dois pontos percentuais nos três estudos, o petista podia ter de 47% a 53% nas urnas no domingo. Lula obteve 48,43%, portanto dentro da margem de erro.
O desempenho do presidente Jair Bolsonaro (PL), porém, não foi previsto pelas sondagens. Os últimos levantamentos dos três institutos variavam de 36% e 39% das intenções, mas o atual presidente obteve 43,2% dos votos.
Outros pedidos de CPI das pesquisas
Com a diferença entre as pesquisas e o resultado das urnas, parlamentares propuseram diferentes ações. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), anunciou ontem que vai apresentar um projeto de lei para criminalizar o erro nas pesquisas.
Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal reeleito e filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que começaria a coletar assinaturas para abrir uma comissão para investigar os institutos de pesquisa ainda nesta semana.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), descartou abrir uma CPI, mas disse que é necessário discutir uma "boa legislação" para as empresas de pesquisa, para que não haja disparidades. "A população clama por isso, se angustia, e cabe ao Congresso regular essas matérias", declarou.
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