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Derrotados nas urnas, 15 senadores devem voltar aos mandatos no Congresso

Plenário do Senado Federal - Roque de Sá/Agência Senado
Plenário do Senado Federal Imagem: Roque de Sá/Agência Senado

Do UOL, em Brasília

03/10/2022 20h17Atualizada em 03/10/2022 20h27

Com mandato até 2027, 15 parlamentares que foram derrotados nas urnas em 2022 devem retornar ao Senado Federal para o exercício do cargo.

A decisão caberá aos próprios congressistas. A lista tem nomes que participaram da corrida presidencial, como a candidata do União Brasil à Presidência da República, Soraya Thronicke (MS), e vários outros que foram preteridos pela maioria dos eleitores em disputas estaduais.

Os parlamentares aptos a regressar ao Senado

Márcio Bittar (União Brasil-AC). Está licenciado do mandato por 120 dias (inicialmente por problemas de saúde e problemas particulares) desde 31 de maio de 2022. Foi candidato ao governo do Acre e ficou em quinto lugar no pleito —o atual chefe do Executivo, Gladson Cameli (PP), foi reeleito com 56,75% (242.100 votos).

Bittar registrou 1,12% (4.773 votos).

Sérgio Petecão (PSD-AC). Está licenciado do mandato por 120 dias desde julho de 2022. Também foi candidato ao governo do Acre, ficou em quarto lugar na disputa. Obteve 27.393 votos (6,42%).

Izalci Lucas (PSDB-DF). Estava no exercício do mandato até a desincompatibilização (quando o ocupante de cargo eletivo se afasta para disputar eleições). Candidatou-se ao governo do Distrito Federal, ficou apenas em sexto lugar, com 4,26% (70.584).

Leila Barros (PDT-DF). Também estava no exercício do mandato até vigorar o calendário eleitoral de 2022. Foi candidata ao governo do Distrito Federal, ficou em quinto lugar, com 4,81% (79.597 votos).

No DF, o atual governador e candidato à reeleição, Ibaneis Rocha (MDB), acabou reeleito no primeiro turno, com 50,30% (832.633 votos).

Weverton Rocha (PDT-MA). Está licenciado do mandato por 120 dias desde julho de 2022. Participou da disputa pelo governo do Maranhão, terminou em terceiro lugar, com 20,71% (714.352 votos).

No MA, o atual governador e candidato à reeleição, Carlos Brandão (PSB), foi reeleito no primeiro turno, com 51,29% (1.769.187 votos).

Carlos Viana (PL-MG). Candidato do PL ao governo de Minas Gerais, Viana estava no exercício do mandato até o afastamento devido ao calendário eleitoral de 2022. Terminou a disputa na terceira colocação, com 7,23% (783.800 votos).

Em MG, o candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo), levou a melhor no primeiro turno e renovou o mandato por mais quatro anos. Ele registrou 56,18% (6.094.136 votos).

soraya - Comunicação Band - Comunicação Band
Soraya Thronicke (União Brasil-MS)
Imagem: Comunicação Band

Soraya Thronicke (União Brasil-MS). Soraya, que também estava no exercício do mandato e se afastou durante o processo eleitoral deste ano, concorreu à Presidência da República pelo União Brasil. Com 0,51% (600.953 votos), ela ficou em quinto lugar na corrida pela chefia do Executivo federal.

Zequinha Marinho (PL-PA). Zequinha ficou em segundo lugar na disputa pelo governo do Pará, estado que reelegeu no primeiro turno o atual mandatário, Helder Barbalho (MDB).

Helder teve uma votação expressiva e alcançou 70,41% (3.117.276 votos). Já Zequinha registrou 27,13% (1.201.079 votos).

Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Veneziano concorreu ao governo da Paraíba e ficou fora do segundo turno. Ele estava no exercício do mandato antes do início do processo eleitoral.

Com 17,16%, o emedebista apareceu atrás de Nilvan Ferreira, do PL, com 18,68%; Pedro Cunha Lima (PSDB), com 23,90%; e João Azevêdo (PSB), com 39,65%. Os dois últimos vão duelar na reta final do pleito.

Styvenson Valentim (Podemos-RN). O Rio Grande do Norte reelegeu no primeiro turno a governadora Fatima Bezerra, com 58,31% (1.066.496 votos). O senador Styvenson Valentim, que adotou o nome de urna Capitão Styvenson, concorreu pelo Podemos.

O parlamentar registrou 16,80% (307.330 votos).

Luis Carlos Heinze (PP-RS). No Rio Grande do Sul, Luis Carlos Heinze (PP) ficou fora do segundo turno. A reta final da eleição estadual terá o duelo entre Onyx Lorenzoni (PL), que anotou 37,5% (2.382.026 votos); e o candidato tucano Eduardo Leite (PSDB), com 26,81% (1.702.815 votos).

Heinze ficou em quarto lugar na corrida pelo comando do Executivo gaúcho, com apenas 4,28% (271.540 votos).

Esperidião Amin (PP-SC). Amin encerrou a participação na disputa pelo governo catarinense em quinto lugar, com 9,75% (398.092 votos).

O segundo turno terá um duelo entre Jorginho Mello (PL), também senador, que ficou à frente com 1.575.912 votos (38,61%); e Décio Lima (PT), que registrou 17,42% (710.859 votos).

Alessandro Vieira (PSDB-SE). Vieira, que chegou lançar candidatura a presidente da República durante o processo eleitoral (posteriormente, ele desistiu), ficou em terceiro lugar em Sergipe, com 10,88% dos votos (82.945).

O segundo turno terá o confronto entre os candidatos do PT, Rogério Carvalho (também senador), e do PSD, Fábio Mitidieri. O petista teve 44,70% (338.796 votos) e o oponente, 38,91% (294.936 votos).

Irajá Abreu (PSD-TO). O Tocantins reelegeu no primeiro turno o candidato do Republicanos, Wanderlei Barbosa, com 58,14% (481.496 votos). Entre os postulantes ao governo derrotados, o senador Irajá ficou em quarto lugar, com 7,61% (63.048 votos).

Mara Gabrilli (PSDB-SP). Quem também voltará ao Senado é a tucana Mara Gabrilli, que se afastou do mandato parlamentar para ocupar a função de vice na chapa da também senadora Simone Tebet (MS), candidata do MDB à Presidência da República.

Simone ficou em terceiro lugar na corrida presidencial, com 4,16% dos votos (4.915.420). Por estar em seu oitavo ano do mandato, a emedebista não vai voltar ao Congresso.