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Haddad lamenta derrota de França para Marcos Pontes: 'Destruiu a Ciência'

Do UOL, em São Paulo

06/10/2022 21h56Atualizada em 06/10/2022 21h56

Lideranças políticas e membros da sociedade civil se reuniram na noite desta quinta-feira (6) em São Paulo para defender as candidaturas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Haddad (PT) em evento batizado de "Frente Ampla Pela Democracia".

Haddad discursou brevemente. A princípio, ele seria acompanhado por Lula, mas o ex-presidente cancelou a ida pouco antes do início do ato. O vice de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), também participou do evento, realizado na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, zona sul de São Paulo.

Durante a fala, Haddad disse ser necessário acabar com o "flerte autoritário do governo federal" e criticou os cortes nos orçamentos de setores como Ciência, Meio Ambiente e Educação. Ele também afirmou que as eleições de 2022 não se tratam apenas da escolha de candidatos, mas sim de um regime.

"Pela democracia, contra o autoritarismo, estamos escolhendo um regime no dia 30", disse.

Nós vamos varrer o bolsonarismo, vamos varrer o fascismo"
Fernando Haddad

Márcio França. O ex-prefeito de São Paulo falou publicamente pela primeira vez sobre a derrota de Márcio França (PSB) no Senado para Marcos Pontes (PL), candidato apoiado por Bolsonaro.

"Lamentei tanto a não eleição do Márcio França, pelo Márcio e por quem foi eleito. O sujeito que destruiu o Ministério da Ciência e Tecnologia. Pega o orçamento, os cortes nas bolsas de pesquisa, foi uma devastação", afirmou.

Lúcia França. Haddad dividiu diversas agendas com França durante a campanha do 1º turno e a mulher dele, Lúcia França, é sua vice na chapa. Lúcia, presente no ato, também discursou. Ela alfinetou Tarcísio de Freitas (Republicanos) por não ser paulista.

"Aqui em São Paulo nós temos um adversário que nem nasceu aqui. Que nem sabe onde ele vota, que nem sabe se situar na cidade do São Paulo, quem dirá no estado de São Paulo. Aqui em São Paulo temos uma mulher candidata e a gente não faz democracia sem participação das mulheres", disse ela.

"Eles vão ter que nos engolir, vão ter que disputar contra a voz da mulher. Aqui é a chapa da Janja, da dona Lu Alckmin, da Ana Estela e da Lúcia França", acrescentou.

Apoios. Muito aplaudido, Alckmin defendeu as candidaturas de Lula e Haddad: "Eu entendo que a nação é muito mais importante do que o governo." Já Simone Tebet (MDB) enviou um vídeo ao evento reiterando o apoio à candidatura de Lula.

"Não podemos votar em nulo, não podemos votar em branco. A única opção para a democracia é o voto na eleição ao candidato Lula", disse Tebet.

Também estavam presentes no evento Marina Silva (Rede), Gleisi Hoffmann (PT), Wellington Dias (PT-PI), Marcelo Ramos (PT), José Luiz Penna (PV), Antônio Neto (PDT), Eduardo Suplicy (PT-SP), Aloysio Nunes (PSDB) e Miguel Reale Jr.

Aloysio foi outro a reiterar seu apoio a Lula. No evento ele também declarou voto em Haddad. Mais cedo, à reportagem, ele voltou a criticar Rodrigo Garcia (PSDB) pelo apoio a Bolsonaro e Tarcísio.

Tucanos históricos. Mais cedo, Lula teve um encontro com quatro quadros históricos do PSDB que já haviam anunciado seu apoio ao petista: Tasso Jereissati, José Aníbal, Pimenta da Veiga e Teotônio Vilela Filho.