Leite questiona sobre fala homofóbica, e Onyx diz: 'Tentando se vitimizar'
O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) e o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) trocaram acusações hoje durante um debate na Rádio Gaúcha. Os dois se enfrentam no segundo turno das eleições para o governo do Rio Grande do Sul.
Leite citou uma propaganda eleitoral do adversário transmitida ontem, em que Onyx prometeu que, se eleito, os gaúchos teriam "um governador e uma primeira-dama de verdade". Leite se assumiu gay no ano passado, quando governava o estado.
"O que o senhor quis dizer com isso? Que todas as outras primeiras-damas foram de mentira, ou foi realmente uma insinuação homofóbica?", questionou.
Onyx negou que tenha sido preconceituoso. "Com toda tranquilidade, o senhor que é um ex-governador que abandonou o Rio Grande do Sul e os gaúchos, e está tentando se vitimizar", respondeu. "Acalma teu coração, não tem nada disso, isso é falsa polêmica. Respeito tua escolha, todos que... qualquer escolha é respeitada".
O tucano insistiu, dizendo que essa não seria a primeira sugestão do ex-ministro nesse sentido.
"O que sempre disse é que um homem de verdade cumpre sua palavra, só isso. Tenho esposa, família, defendo a família. Minha esposa é uma mulher de verdade, porque tem compromisso com o próximo", respondeu Onyx.
Leite, então, disse que irá acionar o concorrente na Justiça. Os dois discutiram brevemente, com Onyx dizendo que o adversário estaria cometendo crime ao acusá-lo de algo que não cometeu.
A apresentadora do programa, a jornalista Andressa Xavier, interveio, determinando que eles abordassem outro tema.
Onyx não aperta mão de Leite ao final do debate
A jornalista da Rádio Gaúcha Kelly Matos contou que, ao fim do debate, Leite estendeu a mão para cumprimentar Onyx —que não retribuiu o cumprimento. "Leite ficou com a mão estendida no ar", relatou.
O momento foi capturado em fotos divulgadas nas redes sociais.
Leite sofre ataques homofóbicos
Além da propaganda de Onyx, o candidato tucano sofreu outros ataques homofóbicos durante a campanha ao governo.
Ontem, ele compartilhou nas redes sociais a foto de um cartaz, que diz que o Rio Grande do Sul "é alérgico a carne de viado (sic) e lactose". "Aqui o ódio não vencerá. No dia 30, o Rio Grande vai falar mais alto", escreveu.
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