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OPINIÃO

Bombig: Ipec mostra que campanha de Lula acordou na reta final

Colaboração para o UOL, em São Paulo

24/10/2022 20h49

A pesquisa Ipec divulgada hoje apontou para uma estabilidade nas intenções de voto entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os resultados repetem os números da semana passada e mostram o petista com 54% das intenções de votos válidos contra 46% de Bolsonaro. Para o colunista do UOL Alberto Bombig, a pesquisa mostra um freio no possível crescimento do atual presidente e, sobretudo, que a campanha de Lula acordou na reta final das eleições.

Nas últimas semanas a sensação era de que a campanha do petista estava pregando para convertidos e fazendo "mais do mesmo". Durante o programa Análise de Pesquisas, Bombig destacou que a campanha "foi para a rua".

"Campanha do Lula acordou. Estava meio borocoxô, meio sentindo o calor das últimas semanas e resolveu ir para a rua. Entrou a Simone Tebet e esse efeito é muito importante, Marina [Silva] também e a participação dele no Flow. É uma campanha que tem mais vigor", disse.

Ele ainda falou sobre a importância de, faltando poucos dias para as eleições, o candidato do PT conseguir manter uma distância de seu adversário nas pesquisas.

"Ele consegue manter essa liderança que é muito importante. Faltando tão pouco tempo, conseguir manter essa gordura [é importante] porque mesmo a campanha do Bolsonaro tendo uma tradição de chegada, ele [Lula] tem que ter uma gordura e está na frente hoje".

Por fim, o colunista do UOL também destacou a importância do debate presidencial que acontece na sexta-feira (28) e afirmou que Lula tem se preparado bem e vai chegar confiante. "Essa rodada é boa para Lula, seja porque estamos mais perto da eleição, seja porque diminuiu um pouco aquela sensação de que o Bolsonaro estava chegando e poderia ameaçar essa vantagem dele".

Toledo: Roberto Jefferson mostrou blefe do bolsonarismo com prévia de golpe

O colunista do UOL José Roberto de Toledo afirmou durante o programa Análise de Pesquisas que a postura de Bolsonaro diante de seu aliado Roberto Jefferson mostra que uma possível tentativa de golpe diante de uma derrota nas urnas era um blefe.

"Esse episódio do Roberto Jefferson, que foi uma tentativa de golpe, uma prévia de um golpe, mostrou que era meio blefe porque o Bolsonaro, se fosse para um golpe para valer, tinha cacifado o Roberto Jefferson, não tinha chamado ele de bandido", disse.

Ele também apontou para um silêncio das Forças Armadas sobre o episódio, destacando que nenhum oficial da ativa se manifestou naquilo que chamou de "silêncio ensurdecedor", e afirmou que o assunto de Roberto Jefferson deve ser explorado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no debate presidencial que acontece na sexta-feira (28).

Toledo: Crescimento de Lula entre jovens pode reduzir ameaça da abstenção

José Roberto de Toledo destacou o crescimento de Lula de 53% para 59% entre eleitores de 16 a 24 anos e relembrou que no 1º turno Lula foi o candidato mais votado entre a população com 60 anos de idade ou mais. Entretanto, ressaltou que a abstenção do eleitorado mais idoso tende a ser maior no 2º turno. Por isso, afirmou que essa "troca" de eleitores do petista pode ser benéfica e reduzir os danos causados pelo eleitorado mais velho.

"É esperado que a abstenção entre os idosos volte a aumentar no 2º turno, como sempre aumenta. O fato de o Lula estar trocando o eleitor idoso pelo eleitor jovem pode ser bom para ele do ponto de vista da abstenção", disse durante o programa Análise de Pesquisas.

O Análise de Pesquisas vai ao ar sempre após a divulgação de pesquisas Ipec ou Datafolha para presidência da República.

Quando: toda semana após divulgação de pesquisa Ipec ou Datafolha.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Veja a íntegra do programa: