Geddel rebate Bolsonaro após debate: 'Chefe da família de cleptomaníacos'
O ex-deputado federal e integrante dos governos Lula e Dilma Rousseff (ambos do PT) e Michel Temer (MDB), Geddel Vieira Lima (MDB) respondeu as acusações feitas pelo candidato Jair Bolsonaro (PL) no debate dos candidatos à Presidência, realizado na TV Globo ontem. O chefe do Executivo insinuou que Geddel estaria envolvido na campanha petista na Bahia.
No debate, Lula citou, mais uma vez, os sigilos impostos por Bolsonaro.
"Eu só queria que vocês atentassem para o seguinte: o cidadão transforma tudo em sigilo. Ora de 100 anos, ora de 50 anos, ora de 20 anos. A hora que levantar o carpete da sala, vocês vão ver a podridão que tem lá. A gente vai saber quem eram os pastores que saíram com um caminhão com os pneus do carro cheio de barra de ouro. A gente vai saber por que ele tornou sigilo os pastores que entravam na sala dele. São poucas coisas assim".
Em resposta, Bolsonaro citou Geddel Vieira Lima.
"Eu tenho retrato do teu amigo Geddel Vieira Lima com 58 milhões no apartamento. Aí é uma constatação, uma verdade! E o Geddel é coordenador da sua campanha lá na Bahia! Que vergonha o teu partido na Bahia! Tem gente que vai votar ainda no PT na Bahia, pelo amor de Deus! Cadê a foto do caminhão? Cadê o boletim de apreensão da Polícia Federal de um caminhão cheio de barra de ouro no pneu? Eu estou falando aqui de 58 milhões do Geddel no seu— no apartamento dele, Lula! Fala aí sobre o Geddel, teu amigo. Vai ser ministro teu? Porque ele é coordenador da tua campanha na Bahia".
No Instagram, o ex-parlamentar rebateu Bolsonaro e o chamou de "chefe da família de cleptomaníacos". "O celerado me promoveu a coordenador de campanha do Lula, é um culhudeiro profissional. O engraçado é que ele chama o Lula toda hora de ex-presidiário. Engraçado porque então estamos diante do debate entre o ex-presidiário e o futuro presidiário".
Geddel condenado pelo STF em 2019. O STF (Supremo Tribunal Federal) condenou Geddel e o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão do político, pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa em 2019. A investigação levou à apreensão de cerca de R$ 51 milhões em dinheiro em um apartamento de Salvador.
Geddel foi condenado a 14 anos e 10 meses de prisão e ao pagamento de 106 dias multa, valor estimado em R$ 1,6 milhão. Lúcio foi condenado a 10 anos e 6 meses de prisão e a um pagamento de 60 dias multa, valor estimado em R$ 908 mil. Além disso, os ministros condenaram os dois ao pagamento de R$ 52 milhões em danos morais coletivos, uma espécie de reparação à sociedade pelos crimes cometidos.
R$ 51 milhões divididos em dólares e reais. Os valores estavam em nove malas e sete caixas com notas de real e dólar, somando R$ 42,6 milhões e US$ 2,7 milhões (R$ 8,4 milhões, no câmbio da época).
Liberdade condicional. Em fevereiro, o ministro Edson Fachin autorizou Geddel a cumprir pena em liberdade condicional. Além da progressão de regime, o ministro também liberou a dedução de 681 dias da sentença de 13 anos e quatro meses imposta no processo. Geddel cumpria pena desde julho de 2017, quando foi decretada sua prisão provisória.
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