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Moraes determina que PRF garanta o 'pleno transporte público aos eleitores'

Ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE - LR Moreira/Secom/TSE
Ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE Imagem: LR Moreira/Secom/TSE

Do UOL, em São Paulo

29/10/2022 18h30Atualizada em 29/10/2022 18h50

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, determinou hoje que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) garanta "pleno transporte público aos eleitores" que irão votar amanhã (30) e exigiu que a Polícia Federal responda, em até quatro horas, as ações feitas pelo Ministério da Justiça para coibir crimes eleitorais.

Ontem, o MPE (Ministério Público Eleitoral) abriu apuração preliminar sobre o possível uso eleitoral da PRF a favor da reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Moraes também exigiu que o diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira, também informe "imediata e detalhadamente todas as apreensões noticiadas pelo Ministério da Justiça", através de tuíte feito hoje pelo ministro da Justiça, Anderson Torres. Além disso, Moraes solicitou que Oliveira aponte se "há provas ou indícios de serem de competência da Justiça Eleitoral" nas apreensões citadas.

"Com enfrentamento direto aos crimes eleitorais. Integração de 10 mil policiais federais com cerca de 500 mil agentes das forças de segurança estaduais, em prol de eleições limpas e seguras. Ontem, já apreendemos quase 5 milhões de reais em dinheiro", escreveu Torres.

No vídeo inserido com o tuíte, o ministro da Justiça diz que "a gente também deixa um recado para a população brasileira, que exerça seu direito ao voto livremente porque nós estaremos com uma grande operação para evitar os crimes eleitorais. Boca de urna, compra de voto, o transporte irregular de eleitores".

Na decisão, Moraes escreve que "há notícias de iniciativas que podem ter influência no pleito eleitoral, sendo, portanto, de competência desse Tribunal Superior Eleitoral fiscalizar a lisura dos procedimentos de maneira que não se altere a paridade nas eleições".

O pedido atendido por Moraes foi protocolado pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT). Teixeira apontou a "instrumentalização da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal voltada a eventualmente interferir no processo eleitoral, durante o segundo turno das eleições de 2022, no intuito de criar fatos políticos artificiais, em benefício da candidatura à reeleição ao cargo de Presidente da República do Sr. Jair Messias Bolsonaro, em detrimento ao seu adversário político, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva".