MPE apura suposto uso eleitoral da PRF a favor de Bolsonaro
O MPE (Ministério Público Eleitoral) abriu apuração preliminar sobre o possível uso eleitoral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) a favor da reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A medida ocorre depois de a corporação instaurar processo contra um servidor que declarou voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por meio de suas redes sociais.
O diretor-geral do órgão é o inspetor Silvinei Vasques, que foi indicado ao cargo pelo senador Flávio Bolsonaro (PL) e tomou posse em abril de 2021, quando o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, executava uma série de trocas no comando da corporação.
Ao UOL, a PRF disse apenas que, no período eleitoral, trabalha para combater os crimes eleitorais nas rodovias federais.
"Aguardamos a remessa das informações para imediata apuração no âmbito da comissão de ética, controle interno e corregedoria da corporação".
Ampliação da categoria
Parte da base eleitoral de Bolsonaro, a PRF, no início deste mês, autorizou a nomeação de até 625 novos policiais rodoviários federais concursados. A convocatória vem em período eleitoral, em que são proibidas nomeações. A justificativa é que as contratações se encaixam na exceção da Lei Eleitoral, que permite a ação em casos em que haja a necessidade de garantia de funcionamento de serviços públicos essenciais.
"O ministério ponderou que devido às demandas do período eleitoral e às demandas das viagens no período de feriados e férias do final de 2022 e início de 2023, além de outras questões, a não nomeação imediata de pessoal para a PRF comprometeria o funcionamento inadiável das atividades de segurança pública e segurança viária", afirmou a assessoria da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Investigação também na Polícia Federal
No início deste mês, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), arquivou um pedido para abertura de inquérito sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais, enviado à PF (Polícia Federal) a pedido do ministro Anderson Torres.
A CGE (Corregedoria-Geral Eleitoral) e a PGE (Procuradoria-Geral Eleitoral) investigam possível prática de abuso de poder político, além do crime de abuso de autoridade pelo órgão.
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