Bolsonaro ganha mais 7 milhões de votos no 2º turno; Lula cresce 3 milhões
A votação no segundo turno das Eleições 2022 mostrou uma significativa redução da diferença entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Se no primeiro turno a margem de votos válidos foi de cerca de 5 pontos percentuais, no segundo turno a diferença foi de menos de 2 pontos, com quase 100% das urnas apuradas.
No primeiro turno, Lula fechou a apuração dos votos com 57.259.504 (48,43%) votos. Já Bolsonaro teve 51.072.345 (43,20%).
Agora, na votação do segundo turno, o número de votos em Lula ficou em 60.284.640 com 99,90% das urnas apuradas, sendo 50,90% do total. Já Bolsonaro tem 58.156.292, 49,10% dos votos válidos.
Reflexo das campanhas
A votação no segundo turno é, em parte, reflexo das campanhas no segundo turno. Com grande votação no primeiro turno, que quase lhe rendeu a vitória sem necessidade do segundo turno, a campanha focou em segurar os votos conquistados e conquistar os poucos votos que restavam para levar a vitória.
Já Jair Bolsonaro, por outro lado, teve um segundo turno agressivo para tentar tirar a vantagem. O segundo turno foi marcado pela distribuição, principalmente, de benesses sociais, como o empréstimo consignado do Auxílio Brasil.
Bolsonaro foi acusado de usar a máquina estatal em seu favor, mas mesmo assim não ganhou os votos necessários para levar a reeleição. Ainda assim, a margem de crescimento no segundo turno foi muito maior do que a de Lula.
No segundo turno, as duas candidaturas disputaram os votos de eleitores, principalmente, de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), terceiro e quarto colocados, respectivamente, no primeiro turno das eleições. Ambos declararam apoio a Lula (PT), com Tebet participante ativamente da campanha do petista, enquanto Ciro pouco se manifestou além do apoio protocolar.
Os apoios, entretanto, acabaram não se convertendo em votos para o petista. Tebet e Ciro, somados, tiveram um total de 8.474.710 votos, e os novos votos de Lula no 2º turno não chegaram sequer a metade desse número.
Eleições mais apertadas da história
A diferença de pouco mais de 2 milhões de votos entre Lula e Bolsonaro no 2º turno evidenciou que a eleição mais polarizada da história, foi também a mais acirrada. A diferença de menos de 2% do total de votos superou a disputa entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) em 2014, quando a petista foi reeleita presidente do Brasil.
Naquele ano a diferença entre os dois candidatos ficou em 3,28% dos votos, que em números absolutos representou uma distância de 3.459.963 eleitores. Nestas eleições a diferença entre Lula e Bolsonaro ficou pouco acima dos 2 milhões de votos.
No último pleito, apesar da vitória, Bolsonaro obteve menos votos do que na disputa atual em números absolutos. Em 2018, quando derrotou Fernando Haddad, Bolsonaro foi o escolhido por 57.797.847 eleitores. Foram, portanto, pouco mais de 400 mil votos a menos do que na disputa de 2022.
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